Marido de mulher que trabalhava com professor é procurado por assassinato
A Polícia garante já saber quem matou o professor Bruno Soares Santos, de 29 anos, assassinado na manhã desta segunda-feira em Campo Grande.
O homem acabou identificado graças às imagens do circuito de segurança, fornecidas pela escola onde a vítima morreu.
O motivo para o crime, segundo o delegado Bruno Urban, foi vingança por suposto "crime contra a liberdade sexual", contra uma colega de trabalho do professor.
Em Boletim de Ocorrência, registrado na semana passada, a mulher de 31 anos garantiu ter sido abordada por Bruno em um ponto de ônibus na Rua Maracaju e levada para um corredor abandonado onde acabou molestada. Na mesma noite, ela retornou para a escola, onde diz ter sido amparada por outras funcionárias. A mulher também afirmou em depoimento que contou a história ao diretor e pediu afastamento do emprego.
O caso teria ocorrido no dia 23 de fevereiro, mas ela só procurou a Polícia no dia 6 de março. Outros Boletins de Ocorrência contra Bruno foram registrados pelo mesmo motivo, mas o delegado preferiu não detalhar o teor.
A irmã da mulher, que terá a identificação preservada, contou que a família desconhecia o caso e suspeita que a história tenha sido escondida para evitar uma reação violenta do marido.
O esposo, identificado como Francismar Câmara, ficou sabendo no fim de semana e resolveu “acertar as contas” hoje.
Por volta das 7h30, chegou à escola, na Rua Maracaju, falou o próprio nome e disse que gostaria de fazer uma matricula, mas pediu para ser atendido por Bruno.
Enquanto esperava, voltou ao carro, um Gol cinza alugado, e pegou uma carabina, enrolada em um lençol.
Quando o professor o chamou para atendimento em uma das salas da escola, ele atirou uma vez, acertando a vítima no tórax.
Em depoimento, a mulher de Francismar reconheceu o lençol usado pelo marido para camuflar a arma.
O suspeito está foragido, mas o carro já foi encontrado, abandonado no Aero Rancho.
No vídeo do circuito interno de segurança, toda a ação é exposta. O homem chega antes das 7h30, fica apenas um minuto na escola e foge. Veja as imagens: