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Capital

Maternidade da Capital é socorrida com R$ 2,7 milhões para melhorar atendimento

Valor vem de emendas parlamentares e representa "alívio financeiro", segundo a diretoria

Por Cassia Modena | 01/08/2025 12:05
Maternidade da Capital é socorrida com R$ 2,7 milhões para melhorar atendimento
Fachada da Maternidade Cândido Mariano (Foto: Henrique Kawaminami)

Alvo de ação judicial há três anos para melhorar o atendimento e resolver problemas sanitários e estruturais, a Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande, será "socorrida" com o total de R$ 2,7 milhões vindos de emendas parlamentares.

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A Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande, receberá R$ 2,7 milhões em emendas parlamentares para melhorias no atendimento. Os recursos serão repassados pela Secretaria Estadual de Saúde em duas parcelas, sendo R$ 1,3 milhão e R$ 1,4 milhão, respectivamente. A verba será destinada ao custeio da instituição, que atende pelo SUS, abrangendo despesas como salários, compra de materiais e serviços terceirizados.A maternidade é alvo de ação judicial desde 2020 devido a problemas sanitários e estruturais. Relatórios da Vigilância Sanitária apontaram mais de 250 problemas, incluindo infiltrações, fiações expostas e falhas em setores críticos como centro cirúrgico e UTI Neonatal. O processo judicial foi suspenso até outubro para que a maternidade se adeque às exigências. O diretor da instituição afirma que o repasse será crucial para o alívio financeiro, considerando as dificuldades enfrentadas pelos hospitais filantrópicos devido à defasagem da tabela do SUS.

Dois convênios prevendo o repasse pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) foram assinados em 31 de julho e publicados hoje, 1º de agosto, no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul. O primeiro é de R$ 1,3 milhão e o segundo de R$ 1,4 milhão.

Os recursos deverão ser usados para custeio. Nas instituições filantrópicas que atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde), como é o caso da Cândido Mariano, isso se limita a despesas correntes como: salários de profissionais de saúde, compra de materiais, pagamento de serviços terceirizados e gastos operacionais para se manter funcionando.

Os valores serão repassados em parcela única, segundo o texto do Diário Oficial. Diretor da maternidade, Daniel Gonçalves de Miranda afirma em nota que as emendas são cruciais para o financiamento complementar das filantrópicas e trarão "alívio financeiro".

"[Os hospitais filantrópicos] enfrentam dificuldades financeiras crônicas, sobretudo devido à defasagem da tabela SUS frente aos custos reais dos serviços prestados. Nesse contexto, as emendas parlamentares têm se tornado uma fonte crucial de financiamento complementar", diz em um trecho.

Ação - Desde 2023, a maternidade enfrenta ação civil pública movida pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Decisão publicada nos autos em junho suspendeu o processo até 31 de outubro deste ano para que a instituição tenha tempo de atender a todas as exigências cobradas.

O caso chegou à Justiça após relatórios da Vigilância Sanitária mostrarem lista de 265 problemas no hospital, sendo 118 classificados como críticos. Entre eles estavam infiltrações, fiações expostas, ausência de alvará sanitário e licenças ambientais, além de falhas nos centros cirúrgico e obstétrico, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal e em áreas de esterilização.

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