"Mereço ser condenado", diz réu por matar mulher a facadas na frente da filha
Cleber Corrêa é julgado nesta quarta-feira por feminicídio ocorrido em 1º de julho do ano passado
Cleber Corrêa Gomez, de 31 anos, senta no banco dos réus nesta quarta-feira (7) pelo assassinato da companheira, Natali Gabrieli da Silva Souza, de 18 anos, ocorrido no dia 1º de julho do ano passado, em Campo Grande. Aos jurados, alegou arrependimento e afirmou que merece ser condenado pelo crime.
Sentado em frente ao juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Cleber Gomez contou fatos que antecederam a morte da companheira naquele dia.
O réu disse que o casal acordou bem e fez uma festa com familiares em casa, localizada no Bairro Parque do Lageado. Todos ingeriram bebidas alcoólicas e em determinado momento, quando entrou no quarto, Gomez diz que viu Natali no celular. Com ciúmes, como ele mesmo relatou ao juiz, pegou o aparelho e jogou no chão.
O casal começou a discutir e os ânimos estavam alterados, quando os convidados contiveram a briga. Depois que todos foram embora da festa, por volta das 2 horas, Gomez diz que usou cocaína e, aparentemente, até aquele momento, estava tudo calmo.
Contudo, o homem disse que teve um apagão e não se lembra do que aconteceu depois. "Quando recobrei a consciência, vi o que tinha feito. Então, entrei para dentro de casa, tentei cortar os pulsos e a garganta", lembra. Natali chegou a correr do agressor com a filha de 1 ano e 4 meses no colo, mas foi morta a facadas e o corpo encontrado na rua, em frente a residência onde o casal vivia.
Gomez foi preso no mesmo dia, escondido na casa da irmã. A faca que utilizou no crime era de trabalho, pois ele era auxiliar de cozinha.
Na frente dos jurados, Cleber chorou bastante e disse estar arrependido. "Fiquei cego na hora, não lembro nem o que fiz, me arrependo todos os dias da minha vida". Depois, pediu perdão para a família de Natali. "Para a mãe, ao pai, a família toda dela. A gente acordou tão bem no dia, não sei porque fiz isso. Sou culpado, não nego, por ter feito uma crueldade dessas com ela. Eu mereço ser condenado pelo que fiz", finalizou.
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