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Ministério Público cobra uso da telessaúde para reduzir fila de consultas

Serviço está disponível em Campo Grande desde 2023, mas adesão nas unidades de saúde é baixa

Por Kamila Alcântara | 29/07/2025 13:47
Ministério Público cobra uso da telessaúde para reduzir fila de consultas
Paciente de atendimento virtual, em unidade de saúde de Campo Grande (Foto: Divulgação Sesau)

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul está de olho na forma como a telessaúde vem sendo usada em Campo Grande. A ideia é garantir que o serviço funcione de verdade e ajude a diminuir a fila por consultas em especialidades como cardiologia, psiquiatria, dermatologia e pediatria.

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul está monitorando a implementação da telessaúde em Campo Grande, visando reduzir as filas por consultas em especialidades como cardiologia e psiquiatria. Desde março de 2023, o programa opera em parceria com instituições como o Hospital Albert Einstein, mas muitas unidades ainda não utilizam o serviço adequadamente, com algumas realizando poucos ou nenhum exame. A 76ª Promotoria de Justiça instaurou um procedimento para acompanhar o funcionamento do programa e cobrar informações das secretarias de Saúde. O objetivo é fortalecer a rede pública, evitar deslocamentos desnecessários e melhorar o acesso da população a atendimentos especializados.

Desde março de 2023, o programa funciona no Estado por meio de uma parceria com o Hospital Albert Einstein, Fiocruz e o Núcleo Estadual de Telessaúde. A estrutura permite que médicos da rede pública façam atendimentos à distância, sem a necessidade de deslocamento do paciente. Mas, mesmo com os equipamentos instalados, muitas unidades da Capital ainda não utilizam o serviço como deveriam.

Em algumas, o serviço de telediagnóstico por eletrocardiograma, por exemplo, quase não foi usado. Em janeiro deste ano, uma das unidades fez apenas 30 exames. Outras não fizeram nenhum.

Diante disso, a 76ª Promotoria de Justiça instaurou um procedimento para acompanhar o funcionamento do programa. Ofícios foram enviados às secretarias estadual e municipal de Saúde cobrando informações sobre a estrutura disponível, adesão ao programa e capacitação das equipes.

O MPMS também vai acompanhar a adesão de Campo Grande ao PAC Saúde 2025, que prevê melhorias tecnológicas para ampliar o uso da telessaúde. A proposta é fortalecer a rede pública com atendimentos mais rápidos, evitar deslocamentos desnecessários e melhorar o acesso da população à atenção especializada.

Em nota enviada ao Campo Grande News, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que, mesmo antes da adesão ao novo PAC da Saúde, Campo Grande já havia implantado o serviço de Teleatendimento em toda a rede de Atenção Primária, com 74 unidades equipadas para atendimentos remotos.

Além disso, a estrutura oferece Telemedicina (com foco em especialidades como Cardiologia, Angiologia e Gastroenterologia), Telepsicologia e Telefisioterapia. Desde 2021, mais de 5,7 mil atendimentos foram realizados pelo Núcleo Municipal de Telessaúde. Com o novo PAC, a Prefeitura prevê a criação de mais 47 salas de Teleatendimento na Capital.

*Matéria editada às 16h47 para acréscimo de informações.

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