Moradores dizem que já aguardavam nova enchente na José Barbosa Rodrigues
Casas foram tomadas pela enxurrada em poucos minutos e famílias cobram solução para o córrego

Moradores da Avenida José Barbosa Rodrigues enfrentaram novamente transtornos causados pelas fortes chuvas que atingiram Campo Grande na tarde desta quinta-feira (13). Próxima ao Córrego Imbirussu, a parte mais baixa da via alaga rapidamente e, em cerca de 20 minutos, a água voltou a invadir casas da vila, segundo relatos dos residentes.
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Moradores da Avenida José Barbosa Rodrigues, em Campo Grande, enfrentaram mais um dia de alagamentos devido às fortes chuvas desta quinta-feira (13). Em apenas 20 minutos, a água invadiu residências próximas ao Córrego Imbirussu, área conhecida por inundações frequentes. Diversos moradores relataram prejuízos e transtornos. Apesar de reparos realizados pela Prefeitura no encanamento local, o problema persiste. Segundo relatos, esta é a terceira inundação em dois anos, agravada pela obstrução de bueiros por galhos, que intensifica o avanço das enxurradas na região.
Muito emocionada, Gisele Lopes da Silva, 43 anos, contou que o problema é antigo e se repete com frequência. Enquanto conversava com a reportagem, ela chorava e retirava a água de dentro de casa com a ajuda de um balde e de um rodo.
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O marido dela, Reginaldo de Souza, 65 anos, afirma que esta é a terceira inundação em dois anos. O pedreiro relata que a Prefeitura chegou a fazer reparos no encanamento e garantiu que novos alagamentos não ocorreriam. No entanto, segundo ele, galhos obstruíram o bueiro da avenida, o que provocou o avanço da enxurrada.
O casal colocou eletrodomésticos e móveis nas partes mais altas da casa e diz que já estava se preparando desde a madrugada para uma possível nova enchente.
“A gente foi dormir às 3h, com medo de chover e de encher de novo, guardando tudo para não molhar. Parou um pouco, voltou e encheu tudo”, relatou Reginaldo.
Eles utilizam mesas de ferro e móveis emprestados da dona da vila para tentar evitar perdas. “Não tem como correr da chuva; sempre vem tudo para cá. Dizem que não vai chover, mas quando Deus manda chuva… Espero que não chova mais”, desabafou Gisele.
Outra moradora, Valkiria Ortiz, 42 anos, conta que a água subiu muito rápido. “Choveu e parou, mas em menos de dez minutos já estava tudo tomado. Ontem à noite tinha alagado, mas não passou da rua. Agora entrou nas casas”, disse.

Mesmo quem vive em pontos mais altos da avenida não escapou. Celma Ferreira, 53 anos, estava no trabalho quando foi avisada pela vizinha de que a água tinha invadido seu imóvel.
“Quando cheguei, a água estava dentro. Consegui erguer a cama para não molhar. Minha casa é mais alta, mas entra ano e sai ano, e isso não muda. Enquanto não mexerem nesse córrego, não vai acabar”, afirmou.
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