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Capital

Moradores do Santa Emília fazem protesto para pedir fim de alagamentos

Paula Vitorino | 04/03/2011 19:00

Moradores realizam protesto no Santa Emília depois de cansarem de ver suas casas alagadas. (Foto: João Garrigó)
Moradores realizam protesto no Santa Emília depois de cansarem de ver suas casas alagadas. (Foto: João Garrigó)

Cansados de ver suas casas alagadas, os moradores do bairro Santa Emília, em Campo Grande, decidiram fechar duas ruas da região em um protesto para chamar a atenção do poder público sobre a situação no local.

Desde à tarde de hoje (4), o acesso a Rua Internacional, no cruzamento com a Rua Santa Bertilia, foi bloqueado com galhos de árvores e pedaços de móveis antigos.

A comunidade diz que só saíra do local após ter uma resposta da Prefeitura Municipal.

“Nós não agüentamos mais a água enchendo nossas casas. Estamos perdendo móveis, não podemos sair de casa porque temos que ficar cuidando para a água não invadir tudo”, desabafa a aposentada Neide Gonçalves dos Santos, de 44 anos.

Um dos organizadores do manifesto, o pintor Ricardo Rosa Conceição, de 40 anos, afirma que praticamente todas as casas da rua foram inundadas pelas últimas chuvas da Capital.

Ele reclama que a toda a água da Rua Santa Bertilia escorre para a Internacional.

“Cascalharam a Santa Bertilia e deixaram ela mais alta que a Internacional, aí toda a enxurrada desce para cá. Tem que fazer o serviço direito”, explica.

Pela quarta vez, Lucivane tenta retirar a água de sua residência. (Foto: João Garrigó)
Pela quarta vez, Lucivane tenta retirar a água de sua residência. (Foto: João Garrigó)

Para os moradores, todos os problemas de alagamento foram agravados pelo cascalhamento mal feito em algumas vias e o asfalto que recentemente chegou em alguns trechos.

“Moro aqui há 12 anos e nunca tinha alagado minha casa assim. É a quarta vez que enche de água. A rua sempre ficava inundada, mas a água não invadia as casas. Agora o nível da rua ficou mais alto, por conta do cascalho, e a água vai toda pra dentro das residências”, desabafa a diarista Lucivane Sales Farias, de 41 anos.

Os moradores esperam a participação de toda a comunidade do bairro no protesto. Segundo os manifestantes, os protestos vão continuar até que sejam ouvidas suas reivindicações.

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