Mulher denuncia médico sem especialização após plástica no Paraguai
Vítima informou que ele se apresenta como cirurgião em Pedro Juan Cabalero, onde procedimento é mais barato
Mulher de 42 anos procurou a polícia para denunciar o médico com quem fez cirurgia plástica, no mês de novembro, e que gerou diversas complicações após o procedimento. O registro na delegacia foi realizado no início de dezembro.
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Uma mulher de 42 anos denunciou um médico após complicações decorrentes de uma cirurgia plástica realizada em novembro, que incluiu lipoaspiração, abdominoplastia e mastopexia. Após a operação, ela enfrentou dores intensas e, ao buscar ajuda do médico, percebeu que estava se comunicando com a secretária, não com o profissional. O médico não forneceu cuidados adequados no pós-operatório, levando-a a consultar outro médico que diagnosticou infecções e lesões. Investigando, a mulher descobriu que o médico não tinha especialidade registrada no CRM e o caso está sendo investigado pela polícia como lesão corporal culposa.
Conforme boletim de ocorrência registrado em Campo Grande, a vítima relatou que o conheceu o profissional através de indicação da sobrinha, que também havia operado com o médico. Confiando no trabalho, realizou lipoaspiração, abdominoplastia e mastopexia com prótese, em hospital localizado em Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
Entretanto, após a intervenção cirúrgica, passou a ter complicações, sentindo muitas dores. Ao procurar a clínica dele em Ponta Porã, no lado brasileiro da fronteira, para relatar o ocorrido, descobriu que estava trocando mensagens com a secretária e não com o médico em questão.
Além disso, procurou o médico 23 dias depois para retirar os pontos, mas o profissional não receitou nenhuma medicação, bem como não indicou qualquer exame a ser realizado.
No dia 6 de dezembro, buscou outro médico, que receitou uma série de antibióticos e exames. Como consequência do procedimento mal sucedido, ficou com lesões no abdômen e infecção pelo corpo ainda não curada. Para a mulher, houve imperícia e negligência no pós-operatório.
Ao buscar informações junto ao CRM (Conselho Regional de Medicina), descobriu que o médico não possui especialidade registrada, o que foi confirmado pela assessoria do conselho.
A vítima relatou, ainda, que o profissional se intitula como “cirurgião plástico” nas redes sociais e apresentou uma cópia da conta. Porém, a reportagem buscou pelo perfil no Instagram, mas a conta não possui nenhuma publicação no momento, apesar de contar com 3,5 mil seguidores.
O caso foi registrado na 6ª delegacia de Polícia Civil como lesão corporal culposa e segue sob investigação. O CRM informou que não há nenhuma denúncia registrada junto ao órgão até esta quinta-feira (26).
"Assim que recebida a denúncia, o CRM/MS procederá à instauração de sindicância, conforme disposto na legislação pertinente. Posteriormente, serão realizadas investigações e tomadas as providências necessárias para apurar os fatos e aplicar as sanções cabíveis", disse em nota.
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