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Capital

Mulher raspa cabeça, finge câncer e dá golpe de R$ 40 mil na própria família

Irmã procurou a polícia para denunciar o crime; caso foi registrado como estelionato e falsidade ideológica

Por Dayene Paz e Antonio Bispo | 16/10/2024 12:08
6ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, onde o caso foi registrado. (Foto: Divulgação)
6ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, onde o caso foi registrado. (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil investiga se uma mulher fingiu ter câncer em estágio grave e aplicou golpe em familiares, que se mobilizaram para ajudá-la. Só de uma irmã, ela conseguiu tirar R$ 40 mil, de acordo com as informações que constam em boletim de ocorrência registrado na terça-feira (15), na 6ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.

De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher contou que em agosto deste ano a irmã relatou ter câncer em estágio grave no reto, útero, ovário e rim, apresentando, inclusive, diagnósticos médicos. Ela relatou ter passado por cirurgia para retirada de nódulos, disse que estava fazendo quimioterapia e ainda raspou a cabeça.

Aos familiares, a mulher disse que o plano de saúde não estava cobrindo os custos dos medicamentos. Preocupada, a família se mobilizou para angariar fundos e auxiliar no tratamento. Em março deste ano, a mulher saiu do emprego e acabou perdendo o plano de saúde, o que aumentou mais ainda as despesas.

"Diante disso, a família e amigos realizaram vários empréstimos no intuito de ajudar com as despesas do tratamento", diz trecho do boletim de ocorrência.

No dia 1º de outubro, a irmã recebeu a foto de um laudo médico e seguiu até o Hospital de Câncer Alfredo Abrão, onde apresentou o atestado. Naquele momento, foi constatada a fraude no documento. O médico que teria fornecido o laudo não reconheceu o documento e não encontrou o nome da paciente cadastrado em nenhum banco de dados de pessoas que realizam tratamento quimioterápico ou qualquer outro relacionado ao câncer.

A irmã continuou buscando pelos exames e constatou que nos documentos não havia nenhum diagnóstico de câncer. Ela revelou que foi lesada em R$ 40 mil, mas outros familiares também tiveram prejuízo financeiro.

O caso foi registrado como estelionato e falsidade ideológica, na 6ªDP da Capital, onde será investigado.

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