No Centro, quem precisou sair cedo, se protege como pode do frio intenso
Muito agasalho, sopinha e resignação são as formas que a população lida com a queda extrema de temperatura
A primeira onda de frio desde a entrada do inverno, em Campo Grande, fez Rubens da Silva Macedo, 62 anos, sofrer para acordar. Agasalhado e resignado no ponto de ônibus da Rua 14 de Julho, disse que não tem muita alternativa a não ser “pegar ônibus, trabalhar e enfrentar o frio”.
RESUMO
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A primeira onda de frio do inverno em Campo Grande trouxe temperaturas de 6ºC, com sensação térmica de 4ºC. Moradores, como Rubens da Silva Macedo, enfrentam o frio para cumprir suas obrigações diárias. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia indica que as temperaturas continuarão a cair, com mínimas entre 1°C e 3°C em algumas regiões. Além do frio intenso, a umidade elevada pode causar nevoeiros e neblinas nas madrugadas. Em Campo Grande, as mínimas devem variar entre 5°C e 7°C, enquanto as máximas ficarão entre 15°C e 22°C. Ventos fortes, que podem ultrapassar 50 km/h, são esperados em áreas isoladas.
A equipe de reportagem saiu por volta das 6h20 para mostrar o cenário no Centro de Campo Grande. A temperatura era de 6ºC, mas com sensação de 4ºC, difícil de encarar em qualquer situação, principalmente para os personagens desta matéria, que estavam esperando ônibus na Rua 14 de Julho ou a pé, a caminho do compromisso que não pode ser adiado pelo frio.
Rubens era um desses corajosos. Segundo ele, o termômetro marcava 4ºC na hora em que acordou, no bairro Coophavila. “Duro é o banho que você tem que tomar, né”, disse, avaliando que esta semana está pior do que no frio registrado antes do início do inverno, no dia 9 de junho.
Realmente, naquela semana, os termômetros marcavam 13ºC nas primeiras horas da manhã, mas o sol aparecia no decorrer do dia. Quando a reportagem foi às ruas no dia 9, encontrou gente que andava até de bermuda e chinelos.
Desta vez, o cenário é bem diferente. De madrugada, a temperatura chegou a 5ºC, mas a sensação térmica foi de -4,2ºC. Todo mundo saiu bem agasalhado para enfrentar o frio que ainda vai piorar.
O cinegrafista Berlim Caldeirão, 39 anos, lamentava. “Detesto frio”, contou. “Foi repentino, junto com chuva, a gente tá precisando que volte o sol, volte o calor”, pediu. Para enfrentar a noite, diz que usou três cobertas e recomendou. “Dormir de conchinha, para quem tem”.
A confeiteira Elisângela Souza da Silva, 49 anos, andava apressada. O atraso para aula prática de autoescola pelo menos serviu para dar esquentada no corpo, por conta da passada mais ligeira. “Estou dura, quero ver, nunca fiz aula nesse frio”, contou. Além de se manter agasalhada, diz que tenta sair o mínimo possível de casa e sempre tomar “algo bem quentinho”.

Vindo de São Paulo na década de 1980, o comerciante Paulo da Silva Santos, 66 anos, disse que já enfrentou muito frio no outro estado, mas admite que hoje "tá duro" para aguentar o ar gélido de Campo Grande. Se disse preparado para qualquer temperatura. "Eu não esquento mesmo com frio, pra mim pode tá o frio que for, eu não tô nem aí, agasalho é o que mais tem em casa", afirmou. Mas teve que dar adaptada no cardápio da noite. "Ontem eu comi uma sopinha, para variar".
Prepare-se - Segundo previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as temperaturas continuam em acentuado declínio, especialmente nas primeiras horas do dia, quando são esperadas mínimas bastante baixas. Na Capital, alguns pontos registraram mínima de 4,6ºC.
A combinação do frio intenso com a umidade elevada favorece a formação de nevoeiros e neblinas durante a madrugada e o início da manhã até quarta-feira. As temperaturas mínimas devem variar entre 1°C e 3°C, com máximas entre 11°C e 19°C nas regiões sul, cone-sul e Grande Dourados.
Em Campo Grande, os termômetros devem registrar mínimas entre 5°C e 7°C, e máximas de 15°C a 22°C. Os ventos podem ultrapassar os 50 km/h em pontos isolados.
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