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Capital

No SUS não há privilégio, diz Santa Casa sobre confusão com deputada

Grazielle Machado se envolveu em confusão no PS do hospital

Fernanda Mathias e Adriano Fernandes | 05/06/2016 16:57
Santa Casa diz que deputada entrou com babá e marido também quis acompanhar atendimento, mas foi barrado. Limite é para todos. (Foto: Fernando Antunes)
Santa Casa diz que deputada entrou com babá e marido também quis acompanhar atendimento, mas foi barrado. Limite é para todos. (Foto: Fernando Antunes)

Sobre o caso do filho da deputada Grazielle Machado (PR), que acabou virando ocorrência policial neste domingo (5), a assessoria de imprensa da Santa Casa informou que, no SUS (Sistema Único de Saúde), “o atendimento é igual para todos”. A parlamentar se envolveu em confusão depois de procurar atendimento para a criança no hospital, parou o carro em uma vaga destinada a ambulâncias e tentou quebrar o protocolo de acesso ao local.

Ainda de acordo com o hospital, os funcionários envolvidos na contenção do marido da deputada, Herlon Zaparoli, também registrarão boletim de ocorrência e um deles – que teria sido atingido por um tapa próximo à orelha – passou por exame médico que mostrou agressão. 

A informação dos funcionários é de que a deputada teria entrado com a babá no Pronto Socorro para atendimento da criança e o marido teria tentado entrar junto, excedendo o limite de acompanhantes, imposto para que o trabalho dos médicos não seja prejudicado. Impedido de entrar, Herlon teria se exaltado.

Ao Campo Grande News a deputada desabafou: “Perdi o direito de ser gente por ser deputada”. Ela chegou ao hospital com o bebê com quadro de diarréia e vômito e conta que recebeu uma senha de cor laranja, que indica a gravidade do caso.

Grazielle, que divulgou em seu Facebook um vídeo para relatar a confusão, conta que estacionou o carro na vaga que é destinada a ambulâncias e quando o funcionário do hospital a questionou, ela alega que falou “em voz baixa” que o carro dela é oficial por conta de seu mandato legislativo. “Escutei várias pessoas dizendo ‘só porque ela é deputada isso está acontecendo’”, disse Grazielle.

O autônomo Izaias Pinho, 56, que também aguardava no Pronto Socorro no momento, tirou sua conclusão: “Ela chegou achando que é melhor que todo mundo. Inclusive, eu disse: a senhora não é melhor que ninguém, tem de esperar como todos”. Ele relata que três seguranças impediram a entrada de Herlon.

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