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Capital

Operação isolou líderes após PCC "levantar" endereços de policiais

Graziela Rezende | 18/12/2013 08:08

A ordem para “levantar endereços de policiais e agentes penitenciários”, realizada recentemente por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) foi o que motivou a operação Eríneas, deflagrada na manhã de ontem pelas forças policiais do Estado, de acordo com o promotor Marcos Alex Vera, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).

“Ao saber dessa ordem e de futuros ataques, transferimos os encarcerados na tentativa de isolar ou até mesmo minimizar a ação desses integrantes e a capacidade de articulação. E no Estado, por meio de uma política acertada entre o Poder Judiciário e a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), controlamos qualquer tipo de ação”, diz o promotor em entrevista ao Bom Dia MS, da TV Morena.

Em pouco tempo de investigação, a Polícia descobriu que ecoavam ordens dos “chefões” de São Paulo para “líderes” do sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul. “Eles davam a palavra final, além de punições e ações orquestradas no Estado. A atividade exercida é também o tráfico de drogas, no qual homicídios ocorriam por disputa de ponto ou dívidas, como uma força motriz que dá andamento a facção”, explica o promotor.

O meio de comunicação basicamente é o telefone celular, mesmo se tratando de presos. “Ainda temos as visitas que levam recados para outras pessoas e também entregam bilhetes. Pode parecer redundante prender pessoas já reclusas, no entanto elas terão a pena agravada, são transferidos para locais isolados e ainda perdem, por exemplo, o direito ao indulto de natal”, ressalta o promotor.

Prisões - Ao todo, a operação cumpriu 67 mandados de prisão e de busca e apreensão; 63 pessoas foram presas e os três maiores presídios do Estado – Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, Penitenciária Harry Amorim Costa de Dourados e Presídio de Três Lagoas – passaram por pente fino.

Dos 63 presos na operação, 42 já eram detentos do sistema carcerário. As forças de inteligência das polícias avaliaram a influência que cada um deles exercia sobre os demais e decidiram fazer um esquema de transferência de presídios. Pelo menos 50% dos presos foram remanejados.

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