Para livrar mulher, "Pedreiro Assassino" pede reprodução de cena de crime
Solicitação foi feita no processo em que Cleber Carvalho e a esposa, Roselaine, foram mandados a júri
Está aguardando análise do juiz Aluizio Pereira dos Santos, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande, pedido da defesa de Cleber de Souza Carvalho, 44 anos, matador confesso de 7 homens, preso desde maio do ano passado. Os defensores querem a reprodução simulada do primeiro crime descoberto, o assassinato do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, achado enterrado no quintal de casa, no dia 7 de maio de 2020.
Os defensores solicitam no mesmo documento novo exame no local, com uso da substância luminol, capaz de detectar indícios de presença de sangue.
Por esse homicídio, Cleber e a mulher Roselaine Tavares, já foram mandados a júri popular, com decisão confirmada pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do SuL). A filha do casal, Yasmin, que foi presa junto com eles, teve o andamento processual desmembrado, por ser considerada inimputável, em perícia médica declarando-a como deficiente intelectual.
A ação está nos passos finais para o andamento do júri. Ao informar suas testemunhas de defesa, os advogados Dhyego Fernandes Alfonso e e José Vinicius Teixeira de Andrade, também solicitam novas diligências.
Além da reprodução da cena da morte do comerciante e do exame com luminou, querem a quebra do sigilo telefônico de Roselane, Yasmin e Cleber.
Todas essas providências são estratégias dos defensores para tentar livrar Roselaine do crime.
Com a quebra do sigilo telefônico dos acusados, surgirão novos dados que possibilitarão afirmar que a acusada Roselaine não teve participação no caso em contento, nem orquestrando, muito menos ocultando o fato criminoso”, diz a peça anexada à ação.
O pedido agora aguarda a análise do magistrado. Depois disso, a autoridade deve mandar o caso para o agendamento da sessão de julgamento.
Há outro processo contra Cleber já pronto para o júri, referente a morte de Timóteo Pontes Roman, achado em 16 de maio de 2020, no poço da própria residência. Nesse caso, a defesa do “Pedreiro Assassino” optou por não recorrer e apresentar as teses defensivas ao júri popular.
Os outros cinco casos seguem em fase de inquérito.