Pedreiro diz que matou um e esfaqueou outro ao reagir a agressões
O pedreiro Moacir Souto Riquelme, 36 anos, acusado de matar a facadas Éder Gracini Chaves, no dia 29 de julho de 2013, no Bairro Nova Jerusalém, alegou que a vítima o encurralou, desferindo vários socos contra ele, agindo por legítima defesa. O acusado também está sendo julgado pela tentativa de homicídio de Leonel Jackson Gracini, irmão da vítima. O caso está sendo julgado pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.
Em depoimento, Moacir contou que se reuniu com amigo em casa, para poder organizar uma ação social. Por volta das 18h, um amigo e sua irmã saíram da casa, ficando em frente à residência, momento em que o acusado ouviu gritos.
Como ele estava assando carne para um churrasco, ele foi em socorro da irmã, segurando uma faca. Quando chegou do lado de fora da casa, o irmão de Éder, Leonel, veio ao seu encontro, desferindo um soco contra o seu abdômen, então Moacir, alegando defesa, feriu o rapaz com uma facada.
Com isso, Éder correu em direção ao acusado, que fugiu em direção a uma casa abandonada. Ele entrou em um corredor, no quintal da residência, para tentar se esconder, sendo seguido pela vítima.
O rapaz começou a socar Moacir, que acabou desferindo dois golpes de faca contra a vítima, fugindo logo após. "Eu me arrependo amargamente. Não tenho mais paz", desabafou.
Outra versão – A esposa de Éder prestou depoimento e alegou que Moacir não agiu por legítima defesa. Ela afirmou que a confusão começou quando o marido discutiu com o cunhado de Moacir, por conta do som de um carro.
Eles entraram em luta corporal, inclusive a esposa da vítima. Neste momento, ela assegurou que viu Moacir surgindo pela multidão, que havia se amontoado no local, e seguindo em direção a Éder. Ele atingiu a vítima, que caiu, momento em que o feriu com mais uma facada.
A mulher revelou que desde a morte não entende o que ocorreu e os motivos para Moacir matar o esposo.