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Capital

Pela mesma causa, homens e mulheres andam juntos na 1ª caminhada Todos por Elas

Evento aconteceu no Parque das Nações Indígenas com a presença de diversas autoridades

Por Antonio Bispo e Natalia Olliver | 31/08/2024 17:32
Homens e mulheres participando da 1ª caminhada Todos por Elas (Foto: Henrique Kawaminami)
Homens e mulheres participando da 1ª caminhada Todos por Elas (Foto: Henrique Kawaminami)

Buscando combater, prevenir e erradicar o feminicídio em Mato Grosso do Sul, homens e mulheres andaram juntos na 1ª caminhada Todos por Elas, realizado pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), na tarde deste sábado (31).

Na concentração, a fundadora da Aciesp (Instituto de Apoio e Capacitação, Instrução e Economia Solidária do Povo), Ceureci Ramos, de 53 anos, contou que são 11 anos de luta contra a violência, uma vez que ela foi uma das milhares de vítimas do país.

“Foram 19 anos de violência, tinha 32 quando consegui fugir. Ante, não conseguia porque ele me ameaçava e ameaçava matar nossos filhos. Sofri violência e isso impactou muito minha vida. Por não ter ajuda e ver o quanto é difícil uma mulher se reerguer depois de sofrer violência domestica, foi quando fundei [a instituição] para dar auxilio, dar uma forma da mulher se profissionalizar, se emponderar”, disse.

Ao todo, a instituição já ajudou 12 mil mulheres no Estado. Atualmente, estão apoiando 220 em diversos projetos.

Para a idealizadora do evento, desembargadora  Jaceguara Dantas, a caminhada é um evento simbólico e uma maneira de “dizer basta”. “Nós acreditamos que vamos erradicar a violência contra mulher no estado, que não vamos aceitar. É para que a família participe, traga os filhos, para protegermos o bem mais precioso que temos, nossa vida. Aqui é mais que o quantitativo, é um chamado para conscientização", destacou.

Ceureci Ramos, criadora do Aciesp (Foto: Henrique Kawaminami)
Ceureci Ramos, criadora do Aciesp (Foto: Henrique Kawaminami)

A 2ª tenente do Corpo de Bombeiros Militar, Priscila Gonçalves, estava acompanhada de 200 alunos oficiais da academia de bombeiros, uma vez que as equipes costumam atender casos que envolvam feminicídios e agressões às mulheres.

“Acredito que a conscientização é muito valorosa e a abordagem técnica desse tipo de ocorrência também. A gente saber para onde encaminhar, o melhor socorro, suporte e acolhimento, principalmente para os filhos e retorno da rede familiar”, pontuou.

Assim como as mulheres, os homens também marcaram presença no evento. O delegado Fabrício Dias dos Santos, afirmou que é importante demonstrar o compromisso de que todo homem deve ter contra a violência doméstica.

“Vejo a necessidade de intensificar o trabalho que a policia já vem fazendo, além de buscar a responsabilização dos agressores e continuar campanhas. Tenho casos entre amigas e familiares que já sofreram violência. É uma realidade difícil de escapar, que poucos do Brasil passam sem ter esse contato ao longo da vida”, disse.

Participantes do evento Todos por Elas na tarde deste sábado (Foto: Henrique Kawaminami)
Participantes do evento Todos por Elas na tarde deste sábado (Foto: Henrique Kawaminami)

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