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Capital

Polêmica das funerárias deixa enterro mais caro, diz conselheiro

Bruno Chaves | 23/10/2013 18:35

O serviço funerário de Campo Grande esbarra na falta de direitos do consumidor. A ideia é defendida pelo coordenador e conselheiro do Cedampo (Centro de Documentação de Apoio aos Movimentos Populares), Haroldo Borralho, que afirmou que todo o processo de enterro ficará mais caro.

O assunto vem sendo discutido nos últimos dias e teve maior notoriedade quando a Justiça concedeu liminar, na terça-feira (22), à associação que representa as empresas funerárias e suspendeu a concorrência que vai escolher 20 empresas para explorarem os serviços na Capital.

“As taxas que a prefeitura criou vão deixar os serviços funerários mais caros para o consumidor final”, defendeu. Dessa forma, todos os reajustes serão repassados ao consumidor, já que o empresário coloca os valores no custo final. “Hoje preço vai de cerca de R$ 2 mil para R$ 5 mil com o novo método”.

Haroldo revelou, inclusive, que propôs a realização de uma audiência pública, a ser convocada pela Prefeitura, entidades e Câmara Municipal, para dar transparência no certame e em toda a questão envolvendo as funerárias da Capital.

Direitos – Para Haroldo, do ponto de vista do consumidor, não existe informação adequada sobre o uso de serviços funerários na Capital. Ele defende que seria necessário a criação de um canal de atendimento – espécie de 0800 – para que o consumidor de um serviço funerário seja atendido.

“A sociedade necessita de um atendimento. A prefeitura não dispõe e não tem serviço adequado. Como estão pleiteando um serviço de concessão, tem que haver serviço de 0800 24h por dia, até nos sábados, domingos e feriados, com sentido de proteger o consumidor”, opina.

O coordenador defende que se a concessionária de água, de esgoto e de energia possui um canal de comunicação com o consumidor, as empresas que oferecem os serviços funerários também devem ter.

Cadastro – Haroldo também lembrou que pessoas de baixa renda podem ter acesso aos serviços funerários de forma gratuita. “Todo dia existe uma funerária de plantão, se morre alguém, ela tem que atender. A empresa é acionada e obrigada a velar a pessoa, enterrar e não cobrar nada, se ela não tem condição. Pessoas de baixa renda têm esse direito”, afirma.

Esse cadastro deve ser feito na SAS (Secretaria de Assistência Social), de acordo com o coordenador. “Nós estamos aqui para defender o consumidor e o cidadão. Não somos contra o empresário ter seu negócio e ganhar seu dinheiro, mas devem ter respeito com o consumidor final”, avalia.

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