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Capital

Polícia convoca funcionários para falar sobre mortes na quimioterapia

Funcionários envolvidos em sessões de quimioterapia serão ouvidos na 1ª DP

Renan Nucci | 04/08/2014 10:38
Delegada ouviu dois médicos na última sexta-feira. (Foto: Marcelo Victor)
Delegada ouviu dois médicos na última sexta-feira. (Foto: Marcelo Victor)

A 1ª Delegacia de Campo Grande deve continuar nesta semana com os depoimentos sobre os casos das mortes de três pacientes no setor de oncologia da Santa Casa. Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelas investigações, na quarta-feira (06) devem ser ouvidos funcionários que participaram de alguma forma do tratamento das vítimas.

As mulheres morreram, supostamente, em decorrência de sessões de quimioterapia. Antes de ouvir os médicos, a delegada afirma que pretende colher depoimento de farmacêuticos, enfermeiros e outros que atuavam no setor. “( As mortes) São casos complexos e por isso, todas informações de testemunhas são importantes”, disse Medina.

Na sexta-feira (1°), a delegada ouviu José Maria Ascenço, médico sócio do Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul, empresa que prestava serviços ao hospital, e também Henrique Guessler Ascenço, que atuava junto ao centro. Ambos aforam responsáveis por atestarem as mortes de Carmen Insfran Bernard, 48 anos, Norotilde Araújo Greco, 72 anos, e Maria Glória Guimarães, 61 anos.

Na ocasião, eles relataram à delegada como se deram os tratamentos das vítimas, partindo do histórico clínico delas, até ao método de administração do medicamento flouracil (5-FU), usado nas sessões de quimioterapia. Ambos depuseram durante quase cinco horas. O advogado deles, Felipe Barbosa, afirmou que os clientes estão contribuindo com as investigações e assim como a polícia, também querem descobrir a causa das mortes.

Sobre a demora de quase uma semana para informar os óbitos à ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), José Maria e Henrique alegaram que foram impedidos de avisar o hospital antecipadamente por causa de problemas burocráticos junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas que os familiares já sabiam dos casos.

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