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Capital

Polícia planeja refazer passos de Alceu Bueno antes do desaparecimento

Se ficar provado que corpo encontrado hoje pela manhã é do empresário, delegado ouvirá familiares e funcionários para ter detalhes sobre o dia dele

Anahi Zurutuza e Guilherme Henri | 21/09/2016 15:47
Alceu Bueno, em (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Alceu Bueno, em (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Momento que polícia periciava local onde foi encontrado corpo carbonizado (Foto: Fernando Antunes)
Momento que polícia periciava local onde foi encontrado corpo carbonizado (Foto: Fernando Antunes)

O delegado Edilson dos Santos, responsável pela investigação sobre o desaparecimento de Alceu Bueno – corpo carbonizado de um homem, encontrado nesta quarta-feira (21), foi identificado como sendo dele –, afirma que a primeira providência é refazer os passos da vítima. Até ter exames médicos confirmando a identificação, a polícia trata os casos em duas investigações, ambas sob responsabilidade do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros).

A princípio, segundo o delegado, Bueno, que renunciou ao cargo de vereador em abril do ano passado após se envolver em escândalo de exploração sexual, passou o dia na empresa dele, o Depósito Bueno, na avenida Coronel Antonino, região norte de Campo Grande.

Ele foi visto pela última vez, de acordo com parentes, por funcionários, ao sair da empresa por volta das 21h30. O empresário dirigia seu veículo, um Land Rover de cor prata, que ainda não foi encontrado. Depois disso, o celular do ex-vereador só deu sinal de desligado.

“A partir do momento que ficar comprovado que o corpo é do Alceu Bueno, vamos tratar o caso como homicídio realmente e aí investigação toma outro rumo”, explicou Edilson, durante coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira.

O delegado ressaltou que terá de ouvir novamente os familiares, que prestaram depoimento na Delegacia de Homicídios, no Cepol (Centro de Polícia Especializada) de Campo Grande, sobre o desaparecimento nesta manhã.

Desova – O titular do Garras esteve pela manhã no local onde o cadáver carbonizado foi encontrado, no bairro Jardim Veraneio, próximo ao Parque dos Poderes – também no norte da Capital. Ele acredita que o homicídio não aconteceu no local e o corpo do homem, que teria sido estrangulado até a morte, foi desovado e queimado no local. “Só a perícia pode confirmar tudo isso, mas pela nossa experiência, foi assim que aconteceu”.

Acompanhada de uma advogada, filha de Alceu Bueno peregrina por delegacias em busca de detalhes sobre o ocorrido (Foto: Fernando Antunes)
Acompanhada de uma advogada, filha de Alceu Bueno peregrina por delegacias em busca de detalhes sobre o ocorrido (Foto: Fernando Antunes)

Reconhecimento – A família de Alceu Bueno reconheceu como sendo do ex-vereador e empresário parte do corpo encontrado carbonizado na manhã desta quarta-feira (21), os restos de um celular e uma medalhinha que estava dentro de uma carteira. Mas, o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) ainda não confirmou, por meio de exames, que o cadáver é de Bueno.

Pela manhã, a informação sobre o reconhecimento já havia sido passada ao Campo Grande News por uma fonte da Polícia Civil, que afirmou não restarem dúvidas quanto à identificação. A família disse que aguarda o posicionamento oficial da corporação para se manifestar.

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