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Capital

Polícia tem pistas de autores de sequestro de bebê no Dom Antônio

Bruno Chaves e Mariana Lopes | 18/11/2013 17:11

A Polícia Civil de Campo Grande já tem pistas dos possíveis sequestradores – três homens e uma mulher – que roubaram um bebê com três dias de vida no último dia 16, no bairro Dom Antônio Barbosa. O caso é investigado pelo delegado Paulo Sérgio Lauretto da DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

De acordo com ele, policiais já estão em diligências a procura dos sequestradores. Na tarde desta segunda-feira (18), a mãe da recém-nascida, uma adolescente de 14 anos, e a avó da menina prestaram depoimentos. O pai da criança, de 22 anos, e a esposa dele também devem ser ouvidos.

“Não podemos falar muita coisa agora para não atrapalhar as investigações. Nosso foco é encontrar a criança o quanto antes possível”, afirmou Lauretto. O delegado ainda revelou que conseguiu informações do hospital onde a menina nasceu e que já possui indícios suficientes para iniciar os trabalhos de resgate da criança.

Por enquanto, o caso é tratado como sequestro simples, já que não houve pedido de resgate. Ele disse que o sequestro não pode ser tratado como tráfico de pessoas e que nenhum outro caso semelhante aconteceu no Dom Antônio Barbosa.

A adolescente de 14 anos negou qualquer desavença com a família do pai da criança, mesmo com o fato de sua filha ser fruto de um relacionamento extraconjugal. No depoimento, a jovem lembrou que retornava da casa da tia paterna da menina quando teve a filha roubada por homens encapuzados e armados.

O delegado ainda afirmou que é prematuro afirmar que dívidas do tráfico de drogas tenham motivado o sequestro. Lauretto não descarta nenhuma possibilidade e afirma que “o sequestro foi premeditado e planejado”.

Lauretto também confirmou que pessoas rondavam a região da casa da adolescente antes de a criança ser roubada. No dia do sequestro, três homens e uma mulher utilizaram um Fiat Premium para atacar a jovem e a mãe no caminho de casa. Ele também confirmou que pessoas rondaram o hospital antes de mãe receber alta médica.

“A mãe ainda está em estado de choque. Ela disse que antes do sequestro não tinha percebido nenhuma movimentação de pessoas rondando a casa. Mas vizinhos confirmaram que pessoas estranhas estavam na região. Nossa prioridade agora é encontrar criança”, disse Lauretto.

Para o delegado, a criança está viva. “Não faz sentido pegar uma criança só para matar. Não condiz com as pistas que temos”, explica.

Sequestro – A recém-nascida foi sequestrada por bandidos armados e encapuzados na noite de sábado (16), em Campo Grande. O crime, segundo a Polícia, ocorreu 10 horas após a mãe obter alta médica.

No dia 13 de novembro, o bebê nasceu. No outro dia, testemunhas constataram a presença de um “veículo estranho” rondando a rua 10, onde reside a adolescente. No sábado (16), às 11h, ela foi liberada e, conforme a Polícia, ainda não havia registrado a menina porque precisava ir ao Juizado da Infância e Juventude.

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