Policiais traziam celulares contrabandeados para comerciante da Afonso Pena
Endereços do homem foram alvo de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira
A investigação que resultou na Operação Cooptatus, deflagrada pela PF (Polícia Federal) na manhã desta terça-feira (14), apontou que o dono da loja de celulares localizada na Avenida Noroeste, quase esquina com Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, usava servidores da segurança pública para o transporte dos produtos contrabandeados.
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A Polícia Federal deflagrou a operação Cooptatus em Campo Grande, prendendo o dono de uma loja de celulares que utilizava servidores da segurança pública para o transporte de produtos contrabandeados do Paraguai. A operação resultou em dois mandados de busca e apreensão, bloqueio de R$ 1.550.000,00, apreensão de celulares, veículos de luxo e documentos. O dono da loja, que já havia firmado acordo de não persecução penal por crime semelhante em 2022, é investigado por associação criminosa e descaminho.
Hoje os policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão, sendo um deles na loja, onde foram pegos celulares frutos de descaminho, e outro na casa do comerciante. Além do bloqueio de R$ 1.550.000,00 expedido pela Justiça Federal de Mato Grosso do Sul, no processo que investiga associação criminosa que pratica o descaminho.
Na residência, que não teve o endereço divulgado, foram apreendidos ainda dois veículos de luxo – Honda Civic e um SW4 - além de outros documentos.
De acordo com a PF, um grupo de pessoas se associou para realizar a importação de mercadorias de forma irregular do Paraguai para Campo Grande. Os produtos eram levados para a loja e vendidos com aparência lícita.
A investigação apontou ainda que o dono da loja cooptava os responsáveis pelo transporte e a preferência era por servidores da segurança pública para dificultar as fiscalizações.
Busca e apreensão – Na manhã desta terça, diversos agentes estiveram na loja em cinco viaturas e paralisaram as atividades do estabelecimento, onde fizeram a vistoria de documentações e por fim apreenderam os produtos.
Os policiais deixaram o local carregando malote e saco preto com os itens. Após a saída, os funcionários fecharam as portas e não quiseram falar com a reportagem. O Campo Grande News também tentou contato com o dono do local, mas não houve retorno.
Segundo apurou a reportagem, em 2022, o homem fez acordo de não persecução penal com a Justiça Federal após ser preso por descaminho. Na ocasião, ele ficou determinado o pagamento de R$ 5.400 de prestação pecuniária e prestação de serviços à comunidade por 12 meses.
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