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Capital

Posto de saúde amanhece lotado e com fila de duas horas pra tomar vacina

Luana Rodrigues | 28/06/2015 08:45
Pais estão tendo que aguardar 2h para receber atendimento (Foto: Marcos Ermínio)
Pais estão tendo que aguardar 2h para receber atendimento (Foto: Marcos Ermínio)

Mais de vinte pais esperavam por atendimento para vacinar os filhos, na manhã deste domingo (28), no posto de saúde do bairro Tiradentes, em Campo Grande. A campanha começou ontem, quando a espera chegava a três horas. Hoje, o tempo para receber atendimento é de duas horas. Por dia, são distribuídas 100 senhas.

A maioria das pessoas chegou antes da seis da manhã e só foram atendidas por volta das 8h. "Uma moça distribuiu as senhas e disse que quem tivesse pego após o número 15 poderia ir pra casa e voltar depois, porque o atendimento iria demorar", contou Mariston Luiz Ciolin, 40 anos, que levou o filho de 1 ano e sete meses para tomar vacina contra gripe.

 Mariston Luiz Ciolin, que levou o filho de 1 ano e sete meses para tomar vacina contra gripe (Foto: Marcos Ermínio)
Mariston Luiz Ciolin, que levou o filho de 1 ano e sete meses para tomar vacina contra gripe (Foto: Marcos Ermínio)

Bruna de Oliveira, de 32 anos, levou a filha Isabeli de cinco meses para tomar a vacina de meningite. Ela conta que saiu de casa antes das 5h da manhã e chegou às 6h no posto. Por volta das 7h30, a criança ainda não havia sido atendida. "Tem que esperar né, é pela saúde dela", disse a mãe.

Ontem, por meio da assessoria de imprensa, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) admitiu que o plantão para aplicação de vacinas no final de semana é “medida paliativa para não deixar o calendário de vacinação atrasar”. Segundo eles, a “demanda estava prevista” e a meta é pelo menos “diminuir a bagunça”.

No posto do Tiradentes, uma equipe composta por três vacinadores e dois funcionários administrativos é responsável pela vacinação. Uma outra equipe, com apenas um profissional de enfermagem, está fazendo o atendimento ambulatorial.

De acordo com a assessoria, só os 80 enfermeiros contratados estão trabalhando, enquanto os cerca de 330 concursados estão de braços cruzados. A Justiça determinou o retorno de 80% dos grevistas, porém, até agora, a categoria não sinaliza voltar ao trabalho. A prefeitura diz que não tem condições financeiras de dar aumento e promete abrir negociação só daqui a dois meses.

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