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Capital

Prefeitura e catadores se unem para buscar solução sobre interdição do lixão

Alan Diógenes | 03/06/2014 20:04
Durante reunião, secretário se comprometeu em cobrar da Justiça esclarecimentos do fechamento. (Foto: Casimiro Silva/PMCG)
Durante reunião, secretário se comprometeu em cobrar da Justiça esclarecimentos do fechamento. (Foto: Casimiro Silva/PMCG)

Um grupo de dez catadores que faziam coleta no Lixão de Campo Grande, interditado pela Justiça na semana passada, foram recebidos na tarde desta terça-feira (3) pelo secretário municipal de Governo, Rodrigo Pimentel, que adebateu a questão e se comprometeu em cobrar da justiça um esclarecimento sobre a ordem que determina o fechamento aterro sanitário e, ao mesmo tempo, a abertura de outra área para o depósito dos resíduos a fim de garantir trabalho para os catadores de lixo. Uma nova reunião foi marcada para 6ª-feira, no Paço Municipal. A Solurb, por meio do superintendente Elcio Terra, se comprometeu em estudar no prazo de três dias uma área que possa servir para o despejo do lixo e permitir o acesso dos trabalhadores.

Durante a reunião ficou pactuado que na próxima quinta-feira (5), o superintendente da Solurb, juntamente com sua equipe irá até o aterro sanitário no bairro Dom Antônio Barbosa I para verificar tecnicamente a possibilidade da nova área, Para o procedimento, Terra explica que tal verificação só será adiada caso não haja o tempo favorável, já que com chuva não é possível o estudo no solo. Uma comissão formada por cinco catadores terá a permissão de acompanhar a visita na quinta-feira, que terá ainda a presença do titular da Funsat, Cícero Ávila e demais representantes do Município.

Para Rodrigo Pimentel, é necessário o esclarecimento já que a decisão do dia 26 de maio de 2014 vai contra a decisão do mesmo magistrado que em 21 de janeiro de 2013 autoriza o acesso de “quaisquer catadores de material reciclável, obviamente que mediante identificação, aos depósitos de lixo/aterros sanitários Dom Antônio Barbosa I e II, bem como qualquer outro local que porventura seja utilizado ou destinado para disposição final do lixo”.

O secretário de Governo defendeu que a decisão do dia 26 de maio desampara os mais de 600 catadores de material recicláveis. “Tais decisões contrárias criam instabilidade e essas famílias cobram da prefeitura uma posição, já que têm direitos como todo cidadão e, sem que haja uma definição coesa fica inviável qualquer ação do Executivo. Hoje, a visão da Prefeitura certamente é a de acatar a decisão da justiça, porém não iremos aguardar sem agir para que haja uma solução que atenda todas as partes. Já começamos a fazer a nossa parte e vamos resolver de uma vez por todas o problema da UTR (Unidade de Tratamento de Resíduos) e definindo as cooperativas que vão trabalhar nela”, destacou.

Diante do propósito, os representantes dos catadores de materiais recicláveis que estavam na reunião se comprometeram com os secretários municipais em convencer os demais trabalhadores de aguardar a reunião do dia 6 de junho, às 15 horas, período este em que não haverá qualquer tipo de manifestação ou tumulto por parte dos agentes recicladores.

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