ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 28º

Capital

Preso por morte de Mayara indicou namorada como visitante em presídio

Luis Bastos Barbosa, 29 anos, está no Presídio de Trânsito, onde teve a cabeça raspada, como é praxe

Rafael Ribeiro | 03/08/2017 11:57
Luis Barbosa apareceu sem cabelos e barba em foto do cadastro de entrada no sistema prisional (Foto: Reprodução)
Luis Barbosa apareceu sem cabelos e barba em foto do cadastro de entrada no sistema prisional (Foto: Reprodução)

Suspeito de ser o mentor do assassinado na morte da musicista Mayara Amaral, 27 anos, o também músico Luis Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, indiciou sua namorada como a pessoa autorizada a visitá-lo no Presídio de Trânsito de Campo Grande, onde está detido atualmente junto dos dois outros comparsas presos pelo crime, ocorrido no dia 24 de julho.

A informação foi trazida à tona pela ficha de cadastro de entrada de Barbosa no sistema prisional do Estado. Na foto, o músico aparece diferente, com os cabelos raspados e sem barba. O procedimento é praxe na entrada nos presídios. O suspeito aparece identificado pelo apelido recebido ainda na infância: ‘Luizinho’.

Amigos e familiares do suspeito revelaram ao Campo Grande News que Barbosa mantinha um relacionamento de oito anos com a jovem. Segundo a informação, eles compraram bens juntos, como eletrodomésticos e planejavam se casar e morar junto no máximo até o próximo ano.

“Duvido muito que ela soubesse que o Luizinho tinha essa relação com a moça. Na verdade o namoro dele andava desgastado pelo fato dele andar abusando das drogas”, disse um amigo do suspeito.


Parentes ouvidos pela reportagem destacam que na verdade a jovem está abalada com a notícia e se isolou com o ocorrido. “Não é certeza que ela queira continuar o relacionamento depois do que aconteceu. Anda afastada inclusive da gente”, disse um familiar.


O Campo Grande News não conseguiu contato com o advogado Conrado Passos, que defende Barbosa, para comentar as informações até a conclusão desta reportagem.

Inquérito – A delegada Gabriela Stainle, da Defurv (Delegacia Especializada em Furto e Roubo de Veículos), responsável pelo caso, tem até esta sexta-feira (4) para concluir o inquérito sobre o ocorrido. O prazo é de 10 dias por se tratar de envolvidos já presos. Além dos depoimentos, os investigadores querem agora analisar os laudos antes de encaminhar os autos para o Ministério Público Estadual, responsável pela acusação.

A reportagem apurou que amigos de Mayara revelaram à polícia que o crime pode ter sido motivado pelo fato de Barbosa estar devendo dinheiro a Ronaldo da Silva Olmedo, 30, conhecido como ‘Cachorrão’, por comprar drogas.


Na avaliação até aqui da políciai, que manteve as investigações como o de um latrocínio (morte em assalto), ‘Luizinho’ armou com o comparsa uma forma de roubar algum bem valioso de Mayara para quitar o valor, por isso tramaram o crime e a atraíram ao motel.


A própria família da vítima alertara anteriormente que o provável alvo dos suspeitos poderia ser um veículo Duster que Mayara eventualmente usava, não o seu Gol branco modelo de 1992 que seria revendido por apenas R$ 1 mil. Um dos focos da investigação é identificar o receptor do veículo.


Barbosa, ‘Cachorrão’ e o terceiro preso pelo crime, Anderson Sanches Pereira, 31, prestaram depoimento na última quarta-feira (2) e preferiram ficar em silêncio. Os dois últimos não têm advogado instituído para defendê-los até o momento.


A delegada Gabriela deverá se pronunciar oficialmente sobre o caso nesta sexta, após a conclusão da primeira etapa de investigações pela delegacia especializada, no Jardim Monte Alegre (zona sul).

Nos siga no Google Notícias

Veja Também