Professora é investigada por manter página na internet que disseminava racismo
Ministério Público cumpre ordens de buscas hoje, em Campo Grande
Uma professora universitária de Campo Grande é investigada por disseminar mensagens com ofensas de cunho racial por meio de uma conta no Instagram. A investigação levou a deflagração da Operação Discrimen, na manhã desta terça-feira (25), comandada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
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Uma professora universitária de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, está sendo investigada por disseminar mensagens racistas através de uma conta no Instagram. A investigação, que resultou na Operação Discrimen, foi comandada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul e envolveu a Unidade de Combate aos Crimes Cibernéticos. A operação incluiu buscas e apreensões, após uma vítima relatar ter sido alvo de ofensas raciais no perfil investigado. A professora, cujo nome não foi divulgado, tem pesquisa de doutorado sobre a influência da linguagem africana no português e sua utilização em comunidades quilombolas.
De acordo com as primeiras informações divulgadas pelo MPMS, as investigações foram comandadas pela Unidade de Combate aos Crimes Cibernéticos. Uma vítima procurou as autoridades e relatou ter sido alvo de ofensas de cunho racial, publicadas em perfil mantido na plataforma Instagram.
A operação é voltada à apuração de crime de injúria racial praticado por meio de rede social, com utilização de perfil comercial para a veiculação de mensagens de conteúdo discriminatório", diz nota do órgão.
Durante a investigação, o Ministério Público identificou elementos que vinculam o perfil investigado a uma professora universitária com pesquisa de doutorado voltada a estudar a influência da linguagem africana no português e sua utilização em comunidades quilombolas. O nome dela não foi divulgado.
Durante a operação de hoje, os agentes cumprem ordens de buscas e apreensão.
"A operação recebeu o nome de Discrimen, expressão com origem no Latim que remete ao conceito de discriminação ou separação, aludindo diretamente à natureza do delito investigado — que atenta contra a igualdade e a dignidade da pessoa humana por razões étnico-raciais".
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