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Capital

Professores protestam contra falta de transparência em cortes na UFMS

Filipe Prado e Flávia Lima | 06/08/2015 13:52
Os professores exigem o detalhamento dos cortes promovidos pela reitoria (Foto: Marcos Ermínio)
Os professores exigem o detalhamento dos cortes promovidos pela reitoria (Foto: Marcos Ermínio)

Os professores e técnicos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) realizaram um protesto, em frente à reitoria da universidade na manhã desta quinta-feira (6), para criticar a falta de informações sobre o corte gerado pelo MEC (Ministério da Educação), que somou um déficit de R$ 10 bilhões para as universidades federais. Em Campo Grande, o corte sofrido foi de R$ 24,9 milhões.

O presidente da Adufms (Associação dos Docentes da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), José Carlos da Silva, afirma que a categoria já solicitou, por três vezes, uma audiência com a reitora Célia Maria Silva Corrêa Oliveira, para o detalhamento dos ajustes orçamentários sofridos pela universidade. “Queremos saber quais cortes foram feitos, em quais setores”, comentou.

Conforme resposta da reitoria ao ofício enviado pelos servidores, do programa de pós-graduação da universidade foi cortado de R$ 1,5 milhão, sendo recebido este ano, apenas R$ 394,7 mil. “Nós queremos saber o que será priorizado, que obras irão parar, o que será afeto nos termos da educação”, indagou o presidente.

Cerca de 20 manifestantes levaram cartazes e esperaram a presença da reitora, porém ela não recebeu os professores. De acordo com a assessoria de imprensa da UFMS, ela não foi à universidade neste quinta-feira porque ocorre uma dedetização no setor.

Entre os prejuízos já computados pelos professores, está a falta de recursos para viagens de pesquisas e cortes em bancas de mestrado. “Não conseguimos realizar as bancas, pois não há dinheiro para chamar professores de fora para analisar os trabalhos, tendo que realizar a banca online”, revelou José Carlos.

O movimento grevista da Adufms dura 50 dias. Os professores querem um reajuste de 23%, porém o Governo Federal ofereceu um aumento de 21,3% parcelado, dividido em quatro anos. Os servidores federais estudam uma contraproposta de 19,7% em uma única parcela, porém ainda não foi oficializado.

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