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Capital

Professores se dizem coagidos em tentativa de repreender greve

Amanda Bogo | 21/04/2016 09:30
Professores foram à prefeitura pedir reunião com prefeito Alcides Bernal (Foto: Alberto Dias)
Professores foram à prefeitura pedir reunião com prefeito Alcides Bernal (Foto: Alberto Dias)

Professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) e de Ceinfs (Centro de Educação Infantil) de Campo Grande denunciam tentativas de coação para repreender docentes que pretendem aderir a possível greve, que será discutida pela ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) em assembleia na próxima terça-feira (26).

As denúncias surgiram em grupos de WhatsApp de professores da Reme. Segundo o professor Leonel Alves, as coações partem da diretoria das escolas. “Na escola que leciono não está acontecendo, mas outras professoras estão relatando o problema. As diretoras estão passando uma lista, alegando que será encaminhada para a Semed, e pedem que os professores que pretendem aderir à greve assinem o nome completo e o número de registro”, conta.

O professor afirma que essa situação intimida os professores. “Eles ficam com receio de receber algum tipo de represália. Os diretores não precisam saber número de cadastro de professor. Se o professor aderir a greve, ele deve avisar o diretor sem dar nenhuma informação pessoal. Cabe ao diretor comunicar aos alunos que não haverá aula”, disse, ressaltando que os professores querem um posicionamento da Semed para saber o que está acontecendo.

O presidente da ACP , Lucílio Souza Nobre, explica que existe uma especulação quanto ao assunto, mas que o sindicato não recebeu nenhuma denúncia. “Estamos convocando os professores para a assembleia geral no dia 26 onde será decidido se vamos entrar em greve ou não. Se alguém fizer uma denúncia durante a assembleia, vamos registrar em ata e averiguar na unidade escolar o que está acontecendo”, afirmou.

Questionada sobre o assunto na noite desta terça-feira (20), a secretária municipal de Educação, Leila Machado, explicou que o documento que está sendo afixado nas escolas é a cópia de ato que comprova que o Tribunal de Justiça considerou ilegal a greve de 2015, que durou três meses. "Não existe nenhuma forma de coação. O objetivo de fixar esse documento é de esclarecer aos professores caso eles aderissem a greve, eles estariam contrariando uma decisão judicial", ressaltou.

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