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Capital

Projeção é de que obras na Via Parque atenderão demanda por 10 anos

Paulo Nonato de Souza e Yarima Mecchi | 17/03/2017 14:44
Fluxo de veículos na Mato Grosso com Via Parque é um dos maiores problemas do trânsito em Campo Grande (Foto: Yarima Mecchi)
Fluxo de veículos na Mato Grosso com Via Parque é um dos maiores problemas do trânsito em Campo Grande (Foto: Yarima Mecchi)

As obras de reformulação no cruzamento da Via Parque com a Avenida Mato Grosso, previstas para começar na próxima segunda-feira, dia 20, vão melhorar o trânsito e dar condição de atender a demanda do fluxo de veículos no local por pelo menos uma década.

“É uma projeção. Mas acreditamos que essas obras vão conseguir atender a demanda por 10 a 12 anos”, detalha o diretor de Trânsito da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Sidney Oshiro.

Dados da Agetran revelam que pela Avenida Mato Grosso passam diariamente cerca de 36 mil veículos, 18 mil em cada sentido da vida, e na Via Parque são 22 mil veículos/dia, 12 mil no sentido Shopping Campo Grande/Parque Soter e 10 mil no sentido Parque Soter/Centro.

Viaduto - Sobre a expectativa de se ter um viaduto no cruzamento considerado um dos mais importantes do trânsito da Capital, Sidney Oshiro disse que isso depende de vários fatores como custo e benefício, impacto ambiental e disponibilidade de recursos financeiros, considerando que um viaduto exigiria investimento estimado em R$ 30 milhões ou R$ 40 milhões, contra R$ 1,6 milhão a ser investido nas obras que serão iniciadas na próxima segunda-feira.

“Teria que fazer toda uma pesquisa, se o fluxo pesado é o dia todo, e se vale construir um viaduto onde o fluxo de veículos é grande por uma ou duas horas, pela manhã e à tarde, e no resto do dia é tranquilíssimo. Tudo é custo e benefício, se está na hora de realizar a obra ou não”, explicou.

As obras no cruzamento das duas avenida compreendem a instalação de semáforos e redução das áreas dos canteiros centrais. Além de moderno sistema de semáforo, na rotatória, que tem 30 metros, haverá uma redução de 10 metros, e os canteiros serão reduzidos em dois metros, e com isso a Via Parque e a Mato Grosso ficarão mais largas e ganharão a terceira pista nos dois sentidos.

Segundo o diretor-presidente da Agetran, Janine de Lima Bruno, a instalação de semáforo no cruzamento, mesmo com rotatória, vai facilitar a acomodação do trânsito de veículos.

“O sistema de semáforo que será instalado não tem nada de especial em relação aos outros, apenas permitirá a adequação de tempos, mas sem o semáforo teria que proibir a conversão em pelo menos um sentido, e precisamos da rotatória para ter um encaixe da acomodação de veículos”, afirmou.

Dados da Agetran revelam que pela Avenida Mato Grosso passam diariamente cerca de 36 mil veículos, 18 mil em cada sentido da vida, e na Via Parque são 22 mil veículos/dia, 12 mil no sentido Shopping Campo Grande/Parque Soter e 10 mil no sentido Parque Soter/Centro.

Rotas Alternativas – Nesta sexta-feira, Janine lembrou que não haverá interdição total do tráfego de veículos no local. “Sempre vai ter pelo menos uma via liberada”, ressaltou.

Assim, o período de 70 dias de interdição para a realização das obras será dividido em trechos. Nos 20 dias iniciais ficará fechado o trecho da Avenida Mato Grosso no sentido Centro, nos 15 dias intermediários será fechado o trecho da Avenida Mato Grosso no sentido Bairro, e nos 20 dias finais haverá o fechamento do trecho da Avenida Mato Grosso – parcialmente até a rotatória – e integralmente nos dois sentidos da avenida na altura do bairro Coophafé.

Para acesso e retorno do Parque dos Poderes a Agência Municipal de Transporte e Trânsito sugere as seguintes alternativas:

- Avenida Desembargador José Nunes da Cunha/Avenida do Poeta/Afonso Pena.
- Avenida Mato Grosso/Avenida Hiroshima
- Avenida Mato Grosso/Rua Lilia Oshiro/Rua Antônio Maria Colho
- Avenida Mato Grosso/Avenida Vitório Zeolla/Avenida Nelly Martins

No comunicado sobre o início das obras, a Agetran sugere a utilização, preferencialmente em todos os momentos, da rota de deslocamento pela Avenida Desembargador José Nunes da Cunha/Avenida do Poeta/Avenida Afonso Pena.

Histórico – Esta não é a primeira vez que que a obra para resolver um dos pontos mais caóticos do trânsito de Campo Grande é anunciada. Era para ter sido iniciada em agosto de 2014, mas desde então tem sido prometida e depois adiada.

O projeto de mudanças tem recursos disponíveis em caixa, repassado pelo Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito) desde 2014. Com feito aditivo neste ano, o total de recursos para a obra aumentou de R$ 1,3 milhão para R$ 1,6 milhão, conforme dados da própria Agetran.

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