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Capital

Rapaz acusado de matar segurança troca de advogado pela segunda vez

Marta Ferreira | 03/04/2011 12:08

Acusado oficialmente na sexta-feira de ter cometido homicídio doloso duplamente qualificado pela morte do segurança Jefferson Bruno Escobar, de 23 anos, na madrugada do dia 19 de março, o praticante de jiu jtsu Cristhiano Luna de Almeida, 23 anos, teve sua defesa assumida pelo terceiro advogado desde que se envolveu na confusão em que tudo aconteceu.

A família de Christiano contratou, nesta semana, o advogado criminalista Ricardo Trad, um dos mais conceituados na área em Mato Grosso do Sul.

Desde o dia 20 de março, quando Christiano se envolveu na briga que terminou na morte de Jefferson, dois outros profissionais o representaram.

No dia, quando o lutador foi preso, a defesa ficou a cargo de Abdalla Maksoud Neto, que fez o primeiro pedido de liberdade, negado pela Justiça

Ainda neste dia, o advogado Afrânio Alves Correia passou a representar Cristhiano e também fez um pedido de liberdade provisória, novamente rejeitado.

Afrânio também tentou a liberdade de Cristhiano na segunda instância, em um pedido de habeas corpus apresentado ao Tribunal de Justiça, e negado no dia 31 de março, em decisão liminar, pelo desembargador Manoel Mendes Carli.

Nova mudança A família, então, decidiu trocar mais uma vez de advogado e contratou Ricardo Trad. Ele informou que vai substelecer o processo de habeas corpus na próxima semana e que agora aguarda a decisão de mérito sobre o pedido de liberdade para Cristhiano.

Na sexta-feira, o MPE apresentou denúncia formal contra Christiano, que é formado em Direito. A acusação considerou que ele cometeu homicídio doloso duplamente qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

O promotor Douglas dos Santos também inclui na peça acusatória o crime de injúria. Segundo inquérito policial, Christiano usou palavras racistas contra garçon negro durante confusão.

Agora, caberá ao juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande decidir se acata ou não a denúncia dos MPE como foi apresentada.

Apesar da defesa sustentar que o rapaz havia bebido muito e não tinha condições de dar um golpe fatal contra Jefferson, o MPE avalia que Cristhiano teve tempo suficiente para pensar.

“Ele sabia exatamente o que estava fazendo”, afirmou Douglas Oldegardo sobre o assunto ontem.

De início, Christiano Luna foi autuado por lesão corporal seguida de morte, no entanto, no decorrer das investigações a Polícia Civil concluiu que ele teve intenção de matar e o indiciou por homicídio doloso.

Imagens do circuito interno do bar mostram que Christiano agrediu Jefferson mesmo após este o ter alertado que estava passando mal. Além disso, uma testemunha ouviu quando o acusado disse que não se importava com o trabalhador.

No depoimento à Polícia Civil Christiano chorou e disse que não teve intenção de matar o segurança.

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