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Capital

Santa Casa abre protocolo de morte encefálica para criança atacada

Menina, de 3 anos, teve lesão grave na cabeça, depois de ataque por homem que sofre de esquizofrenia

Marta Ferreira | 12/12/2019 14:47
Diagnosticado com esquizofrenia, homem que atacou criança foi preso por guardas civis municipais. (Foto: Divulgação)
Diagnosticado com esquizofrenia, homem que atacou criança foi preso por guardas civis municipais. (Foto: Divulgação)

A equipe de intensivistas da Santa Casa de Campo Grande abriu, nesta tarde, protocolo de morte encefálica para verificar se é esse o quadro da menina Eloá Aquino Carvalho, de 3 anos, atacada na rua por um homem de 34 anos, na tarde de quarta-feira (12), no Bairro Moreninhas IV. A criança teve uma lesão grave na cabeça e agora vão ser feitos testes para definir se a atividade cerebral foi paralisada.

O resultado sai em algumas horas. Um diagnóstico desse tipo indica quadro irreversível, porém a morte só é atestada quando não há mais batimentos cardiácos, em linguagem leiga.

Responsável pelo ataque, Cecílio Martins Centurião Júnior, 34 anos, teve a prisão preventiva decretada nesta manhã, por tentativa de homicídio qualificado. O crime chocou moradores da região onde ocorreu pela violência gratuita: Cecílio, segundo relatado, pegou a criança, como se fosse uma "boneca de pano", e deu pancadas com o corpo no chão.

Se a menina falecer, a tipificação do crime muda para homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima.

Doente psiquiátrico - Cecílio, segundo a família, vivia sozinho há 3 anor por ser muito agressivo. Ele é interditado judicialmente desde 2012, em razão da constatação médica de que sofre de esquizofrenia, feito 12 anos atrás.

Ele seria levado ala psiquiátrica do Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, na saída para Três Lagoas.

A delegada responsável pelo caso, Marília de Brito, da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) informou que vai ouvir mais uma testemunha para concluir o inquérito. A peça deve chegar à Justiça já na semana que vem, para que o MPMS (Ministério Público Estadual) ofereça a denúncia.

Cecílio foi preso por guaras civis municipais logo depois do episódio. 

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