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Capital

Santa Casa suspende medicamento que matou três após quimioterapia

Renan Nucci | 17/07/2014 14:47

A Santa Casa de Campo Grande suspendeu o uso de medicamento específico destinado a sessões de quimioterapia, depois que três pessoas morreram. Em nota divulgada nesta quinta-feira (17), a ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), mantenedora do hospital, afirmou que os casos estão sendo investigados.

Ao todo cinco pessoas fizeram o uso do fármaco. Duas das vítimas foram identificadas como Carmen Insfran Bernard, 48 anos, e Norotilde Araújo Greco, 72. Ambas realizaram sessões de quimioterapia na Santa Casa entre os dias 24 e 28 de junho.

Carmen apresentou reação adversa e morreu no dia 10 de julho. Norotilde veio a óbito no dia seguinte. Uma terceira pessoa que não teve a identidade divulgada, também morreu. Um dos pacientes teve recaída, mas seu quadro já apresentou melhora e ele está em observação. Outro quinto indivíduo reagiu bem e não teve complicações.

O médico Jamal Salém, secretário municipal de saúde da Capital, participou nesta manhã, a convite da  ABCG, de uma reunião para discutir o assunto, juntamente com a Comissão Permanente de Óbitos, representantes da Vigilância Sanitária Estadual e da Secretaria Estadual de Saúde.

Ele confirmou que a Santa Casa precisou trocar o fornecedor do remédio. “O hospital foi obrigado a procurar outro fornecedor porque o anterior estava sem o medicamento. É importante destacar que a nova empresa contratada funciona regularmente com autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, disse Salém.

Investigações – Até segunda ordem, o uso da referida droga está suspenso. As causas das mortes estão sendo investigadas e de acordo com o secretário de saúde, as sessões de quimioterapia devem continuar normalmente, com outros produtos de mesmo princípio ativo, que podem ser usados como substitutos.

Na nota, a ABCG afirma que a santa casa ministra atualmente atendimento oncológico a mais de 600 pacientes, 200 deles submetidos a quimioterapia e 400 a hormonoterapia. A unidade de saúde segue rigorosamente todas as normas e protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e Anvisa, que já foi notificada a respeito dos óbitos registrados.

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