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Capital

"São 12 dias para salvar vidas inteiras", diz prefeito sobre toque de recolher

Pesquisa aponta 77% de aprovação para ampliação do período circulação restrita na cidade, também divulgou Marquinhos na live

Anahi Zurutuza | 08/07/2020 13:12
Prefeito Marquinhos Trad (à frente) durante a transmissão ao vivo desta quarta-feira (Foto: Reprodução)
Prefeito Marquinhos Trad (à frente) durante a transmissão ao vivo desta quarta-feira (Foto: Reprodução)

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) usou a transmissão ao vivo desta quarta-feira (8) para defender a ampliação do horário do toque de recolher. “São 12 dias para salvar vidas inteiras”, disse o chefe do Executivo municipal sobre o endurecimento do toque de recolher de hoje até o dia 19 de julho, criticado por alguns setores.

Marquinhos afirmou ainda que pesquisas de opinião são feitas sempre que a Prefeitura de Campo Grande toma alguma medida restritiva e que a decisão de ampliar o horário da restrição de circulação, em vigor das 20h às 5h, tem aprovação de 77% da população. “Apesar de 21% ainda dizer não acreditar no vírus”, fez a ressalva.

O prefeito disse ainda que não tomou a decisão sozinho e que ontem (7) antes de anunciar a ampliação do horário, esteve reunido com a ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), com a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) e com a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). Aos representantes dos setores econômicos, ele demonstrou a preocupação da gestão municipal com a aceleração da curva de contágio do novo coronavírus na Capital, o aumento da taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidades de Tratamento Intensivo) e apontou a vida noturna como um fator responsável por aglomerações.

“Todos nós construímos a redação deste decreto juntos. Claro que houve discordância, mas prevaleceu a vontade da maioria”.

Marquinhos diz estar ciente dos prejuízos para os bares, conveniências e restaurantes, mas afirmou que o sacrifício se mostrou necessário, antes que o sistema de saúde em Campo Grande entre em colapso. “Todos seremos prejudicados. Não é uma medida simpática, mas é necessária”.

O prefeito fez questão de lembrar que atividades essenciais, como farmácias, supermercados e serviços de saúde, poderão funcionar depois das 20h e que os restaurantes também podem continuar atendendo no sistema delivery. Trabalhadores também podem circular após este horário ou antes das 5h, desde que comprovem que estão indo ou voltando do serviço, caso sejam abordados.

O chefe do Executivo lembrou que hoje a taxa de ocupação de leitos na Capital está em 77% e disse que a prefeitura está comprando vagas em UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) na rede particular para ampliara oferta. “Dos 223 disponíveis, estão ocupados 172. Anda há uma disponibilidade de 23% de leitos. Não são números para se comemorar”.

A Capital tem hoje 3.579 casos e 28 óbitos. Dentre os positivos para o novo coronavírus, há 118 internados, 896 em isolamento domiciliar, 2.353 recuperados.

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