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Capital

Secretaria de fazenda foi um dos alvos da 6ª fase da Lama Asfáltica

No total 25 locais, entre residências, escritórios e até fazenda foram alvo de busca e apreensão da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul

Izabela Sanchez | 27/11/2018 12:29
Policiais Federais na sede da PF em Campo Grande (Marina Pacheco)
Policiais Federais na sede da PF em Campo Grande (Marina Pacheco)

Campo Grande, Dourados, Paranhos e Jaraguari foram alvo da 6ª fase da operação Lama Asfáltica, a Computadores de Lama. Deflagrada nesta terça-feira (27), a operação teve 25 locais como alvos de busca e apreensão, incluindo a Sefaz (Secretaria do Estado de Fazenda). Além de busca e apreensão, a operação também quebrou o sigilo bancário, fiscal e telefônico de 20 pessoas.

Além disso, quatro pessoas tiveram a prisão preventiva decretada: o dono Mil Tec João Baird, o ex-secretário-adjunto de Fazenda, André Luiz Cance, o empresário Antônio Celso Cortez e um homem que atuava como "laranja", chamado Romilton Rodrigues de Oliveira, foragido.

Esquema – Nessa fase, a polícia federal, CGU (Controladoria-geral da União) e Receita Federal investigaram o destino do dinheiro desviado. O esquema funcionava por meio de duas técnicas. A primeira delas utiliza o dólar cabo, um sistema informal de remessa de valores por compensação. A outra forma era a emissão de notas falsas de serviços prestados ao governo por empresas de informática.

O dinheiro era enviado para contas no Paraguai, parte delas ligada a empresas. Em Dourados, Paranhos e Jaraguari, cidades alvo de ações da 6ª fase da operação, funcionavam empresas de laranjas, que podiam ser utilizadas para encaminhar os valores para o exterior.

Computadores de Lama – Em Campo Grande, equipe foi no TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul), no Parque dos Poderes. No local, as buscas foram feitas no gabinete de assessor do conselheiro Osmar Jerônymo, que foi braço direito de André Puccinelli (MDB).

A Operação Lama Asfáltica já bloqueou R$ 530 milhões em bens dos investigados. Só nesta 6ª fase, batizada de Computadores de Lama, foram R$ 22 milhões sequestrados, segundo informou o delegado da PF (Polícia Federal), Cleo Mazzotti, durante coletiva de imprensa.

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