Seja por fé ou diversão, fiéis buscam em Santo Antônio ajuda para um novo amor
De 17 mil potes de bolo, três mil têm alianças e apenas dois contam com fichas para pares de ouro

Comer um bolo, encontrar uma aliança e também o amor. Seja por fé ou diversão, em mais um 13 de junho, a Paróquia Santo Antônio lotou de pessoas comprando a sobremesa que já virou tradição e para a Maria do Carmo Fermiano Gomes, de 51, o gostinho foi diferente: ela encontrou uma das alianças e foi a primeira vez que ela participou do evento.
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Em busca do amor, fiéis lotaram a Paróquia Santo Antônio em Campo Grande para comprar o tradicional bolo do santo casamenteiro. Entre os 17 mil bolos produzidos, dois continham fichas que davam direito a alianças de ouro, enquanto outros três mil escondiam alianças de bijuteria. Maria do Carmo Fermiano Gomes, de 51 anos, foi uma das sortudas a encontrar uma aliança em sua primeira participação no evento. Outros devotos, como o servidor público Antônio Maciel e a costureira Josefa Santos, também buscavam no doce, que custava R$ 15, uma chance de encontrar um novo amor.
“Eu gostaria de casar de novo sim, ainda acredito no amor. Você acredita que conheci uma pessoa ontem? Quem sabe, acho que vai dar certo!”, comentou. Ela é divorciada há seis anos e foi parar na paróquia por um acaso: ela combinou encontrar amigos ali para irem até o Morro do Ernesto e viu a movimentação. “Sou devota de São Judas Tadeu, mas agora vou ter que ser de Santo Antônio”, falou aos risos.
Quem também tentava a sorte esta manhã era o servidor público Antônio Maciel, de 62 anos. Ele foi o primeiro da fila, chegando às 4h30 da madrugada para garantir o pote. “Sou católico, mas é a primeira vez que compro o bolo. Santo Antônio é muito querido, mas a gente precisa fazer nossa parte”, disse. Ele é divorciado, mas namora há cinco anos e comprou quatro bolos. “Vou levar pra ela também, porque acho que vai rolar casamento sim”, riu.
Em busca de um amor e viúva há 11 anos, a costureira Josefa da Silva Santos, 53 anos, participa do evento pela sexta vez. “Vamos ver se consigo encontrar uma aliança. Sou viúva e preciso encontrar alguém”, falou, relatando estar esperançosa, já que nos últimos seis anos, não encontrou nenhuma aliança nos bolos. Ela levava um bolo pra filha e outro pra vizinha. “Se elas encontrarem, aí é pra abençoar elas, né?”.
Já Angelicy Viviane, de 22 anos, comprou 34 bolos, mas para repartir com quem não encontrou o seu par. Ela é noiva, mas se disponibilizou a comprar e entregar, sem custo, alguns potes a quem lhe pediu. Com a caixa nos braços, ela chamava atenção. “Não é tudo meu não. Eu já sou noiva, graças a Deus”, disse, explicando que se ofereceu para comprar e levar aos conhecidos.
Pelo menos 150 voluntários atuam na entrega dos potes de bolo, que custam R$ 15,00 cada. Ao todo, a equipe montou 17 mil bolos em nove dias de produção. Antes de começar a entrega, o padre Wagner Divino de Souza colocou duas fichas em dois bolos que davam direito a pares de alianças de ouro. Em outros três mil foram colocadas alianças de bijouteria.
A tradição da paróquia vem desde 1990 e se consolidou ao longo dos anos. A entrega ocorre também em drive-thru montado no local, na avenida Calógeras, entre as ruas 15 de Novembro e 7 de Setembro. A entrega vai até às 13 horas.
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