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Capital

Sem depoimento e com laudo pericial, polícia não confirma agressão a Giovanna

Vinícius Squinelo | 14/01/2014 20:08

Mesmo com o início do tratamento psicológico, a estudante Giovanna Nantes Tresse de Oliveira, 18 anos, ainda não fala sobre a suposta agressão sofrida pelo namorado Matheus Georges Zadra Tannous, 19. Na noite de hoje (14), a Polícia Civil divulgou um laudo com resultado pericial do apartamento onde o casal estava, mas o documento pouco elucidou o caso.

A família da estudante acusa o namorado de ter agredido Giovanna, versão contestada pelo próprio Matheus, que é considerado foragido. Ele teve a prisão preventiva requerida pelo Ministério Público Estadual. por meio das Promotorias de Justiça da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

O laudo divulgado pela polícia, realizado no apartamento onde o casal estava na virada do ano, apontou que houve entrevero na data, porém o mesmo pode ter sido causado pela briga entre os dois, ou pela queda de Giovanna, tese sustentada pela defesa. O documento também aponta que não houve arrombamento da residência.

“Ela começou o tratamento com a psicóloga, mas ainda está muito abalada, conversando um pouco melhor, mas sem comentar sobre o ocorrido”, afirmou Andressa Montini, tia de Giovanna.

Com o início do tratamento, a estudante não compareceu à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) na tarde de hoje, para prestar depoimento, que pode ser fundamental para elucidar o caso.

Segundo a delegada Rosely Molina, titular da Deam, que coordena as investigações da suposta agressão, o depoimento da vítima é primordial para o andamento do inquérito policial.

Crime - Giovanna foi internada na madrugada do dia 1º de janeiro, com quatro fraturas no rosto, duas no maxilar e duas abaixo do olho direito, sendo que precisou passou por cirurgia. Ela se recupera em casa, após uma semana internada na Santa Casa.

Há dois dias, em entrevista ao Campo Grande News, Giovanna falou com familiares e estes repassaram a atual situação da vítima. Pesando 38 quilos, desnutrida e com crises de pânico, a estudante diz que apenas se recorda que estavam bebendo e acredita que, em seguida, ele colocou algo na bebida dela ou então levou um soco “muito forte” que a deixou desacordada.

Apesar da tragédia que deixou o rosto de Giovanna quebrado em quatro partes e abalou toda a família da jovem, a mãe dela relata que o apoio recebido dos campo-grandenses é um conforto para os parentes e amigos da estudante.

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