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Capital

"Só escutamos os tiros", diz amigo de rapaz assassinado na Vila Nhanhá

Rapaz foi morto com cinco tiros no início da noite deste domingo

Dayene Paz e Bruna Marques | 14/02/2022 10:33
Local onde rapaz foi morto foi lavado esta manhã. (Foto: Bruna Marques)
Local onde rapaz foi morto foi lavado esta manhã. (Foto: Bruna Marques)

Amigo de Ryan Dionísio Ajala, de 19 anos, escutou os disparos antes de encontrá-lo morto no início da noite deste domingo (13), no cruzamento da Travessa da Boa Vizinhança com a Rua Ranulfo Corrêa, na Vila Nhanhá, em Campo Grande. Ryan era foragido da Justiça e foi executado com cinco tiros.

Perto da cena do crime, o amigo de Ryan conversou com a reportagem do Campo Grande News, mas pediu para não ter o nome divulgado. Ele contou que Ryan ficava sempre na Vila Nhanhá com a esposa. "Éramos amigos. Eles ficavam sempre por aqui, mas moravam em outro bairro", conta.

Na hora do crime, o amigo afirma que havia muitas pessoas na rua. "O cara chegou a pé, mas tinha outro de moto esperando ele perto. Só escutamos os tiros", lembra. O amigo diz que desconhece a motivação do crime.

Ryan Dionísio Ajala, 19 anos, foi executado com cinco tiros. (Foto: Reprodução/Facebook)
Ryan Dionísio Ajala, 19 anos, foi executado com cinco tiros. (Foto: Reprodução/Facebook)

Ryan era foragido da Justiça. Ele foi condenado, em dezembro do ano passado, a 4 anos e 2 meses de reclusão e 417 dias-multa por tráfico de drogas. Além disso, Ryan era fichado por ameaça, receptação e já havia sido vítima de tentativa de homicídio.

Caso - Conforme testemunhas, na tarde de ontem (13), um dupla de moto passou por várias vezes pela rua onde Ryan morava. Por volta das 18h, o homem que estava na garupa se aproximou a pé e perguntou se a vítima tinha drogas para vender.

Ao se informado que não, o autor sacou a arma e disparou ao menos 8 vezes. Já no chão, a vítima foi atingida por mais um disparo, possivelmente na cabeça. Na sequência, o suspeito fugiu. A vítima foi atingida nas costas, nuca e cabeça e morreu antes da chegada do Corpo de Bombeiros.

No local, a polícia recolheu cinco estojos de calibre 380.

Atentado - No dia 17 de janeiro do ano passado, Ryan sofreu atentado e foi socorrido à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon e, na sequência, transferido à Santa Casa. Aos policiais, o rapaz contou que seguia na Rua Luiz Louzinha, quando foi surpreendido por dois homens numa motocicleta e atingido por três disparos, no tórax. Os policiais fizeram buscas pelos suspeitos, mas sem sucesso.

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