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Capital

Tenente-coronel da PM flagrado com contrabando ficará preso

Produtos contrabandeados encontrados com policial estão avaliados em R$ 120,5 mil

Kerolyn Araújo | 19/11/2020 11:27
Produtos contrabandeados foram avaliados em R$ 120,5 mil.
Produtos contrabandeados foram avaliados em R$ 120,5 mil.


Preso com mais de R$ 120 mil em produtos contrabandeados em Ponta Porã, o tenente-coronel da Polícia Militar, Luiz Carlos Rodrigues Carneiro, 47 anos, teve a prisão preventiva decretada. Ele passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (19) em Campo Grande.

Luiz Carlos foi preso no final da tarde do dia 17 numa estrada vicinal que liga o assentamento Itamarati à BR-463, em Ponta Porã. O militar era passageiro do veículo Renault Sandero, conduzido por Felipe Hércules Alves Ferreira, 27 anos.

Dentro do carro, policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) encontraram 30 celulares Ipro Opal, de modelo 4S, 300 Ipro A30, 14 pacotes de cabos de internet e 400 cigarros eletrônicos. Os produtos foram avaliados em R$ 120.537,20.

Em depoimento à polícia, o PM contou que pegou carona com Felipe até o assentamento Itamarati, onde encontraria o ex-sogro. O policial disse que não sabia que o colega estava transportando produtos contrabandeados, mas foi desmentido pelo comparsa.

Investigação - No dia 30 de maio deste ano, o tenente-coronel foi abordado por pelo DOF na MS-164, em Ponta Porã. Ele se identificou como militar e não teve a Chevrolet S-10 revistada. Na ocasião, o policial estava com um homem envolvido em duas ocorrências de contrabando.

No mês seguinte, no dia 17, esse passageiro e Felipe Hércules foram levados à Polícia Federal, após serem flagrados com eletrônicos contrabandeados na estrada da Gameleira, em Campo Grande. Os produtos estavam na caminhonete do tenente-coronel, que disse à polícia que tinha emprestado o veículo ao amigo. Ele não sabia que seria utilizado para contrabando.

Desde o dia 15 de outubro, o policial, lotado na DEIP (Diretoria de Ensino de Instrução e Pesquisa), no Comando Geral da Polícia Militar, em Campo Grande, estava afastado do trabalho devido a uma licença médica de 60 dias.

Em nota, a Polícia Militar informou que vai apurar os fatos e será instaurado inquérito através da Corregedoria.

Reincidente - Em novembro de 2018, o tenente-coronel foi alvo da Operação Oiketicus, comandada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que investigava o envolvimento de policiais no contrabando de cigarro.

O militar foi preso por posse irregular de 20 munições de calibre 7.62 encontradas durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa dele, na Vila Jacy. As munições estavam na gaveta de um armário na garagem da residência.



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