TJ nega mais um recurso de Agnaldo contra júri pela morte de Rogerinho
Foi rejeitado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul o recurso especial que a defesa do jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, de 61 anos, impetrou contra a decisão que o levou a júri popular pela morte do menino Rogério Pedra, de 2 anos, ocorrida em uma briga de trânsito, em novembro de 2009.
A defesa de Agnaldo pediu ao TJ que os autos fossem remetidos para análise do caso pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), o que adiaria ainda mais a realização do julgamento, que estava suspensa por causa desse recurso. Com a negativa do Tribunal, publicada na terça-feira no Diário da Justiça,o advogado de Agnaldo ainda pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça, mas o processo principal não precisa ser enviado à Corte e pode voltar para o juiz responsável, Aluizio Pereira dos Santos, a quem caberá, agora, definir se marca o julgamento ou aguarda a apreciação do caso pelo STJ.
Tanto o advogado de defesa de Agnaldo, Valdir Custódio, quanto o assistente da acusação, Ricardo Trad, informaram que o juiz pode marcar a audiência de julgamento, com base em decisões judiciais existentes.
Isso pode ocorrer principalmente por se tratar de réu preso. Agnaldo está preso desde setembro do ano passado, depois de ficar livre por vários meses, e ser acusado de fornecer à Justiça um endereço falso, em Santos (SP), o que atrasou o andamento do processo.
Histórico-Ele foi preso em flagrante logo após o crime, quando tentava registrar um boletim de ocorrência alegando que havia sido vítima de ameaça no trânsito. Ficou 80 dias na cadeia, mas foi solto por determinação judicial. Depois, teve a prisão preventiva novamente decretada, sob a alegação de que forjou uma separação para escapar da ação da família do menino que cobra indenização de R$ 1,3 milhão.
Agnaldo envolveu-se em uma briga de trânsito na avenida Mato Grosso com o tio de Rogerinho, Aldemir Pedra. Ele em direção à caminhonete onde estavam Aldemir, o menino, a irmã dele e o avô. O garoto foi atingido e morreu vítima do disparo. O avô e a irmã dele ficaram feridos.
O jornalista está sendo acusado de homicídio simples e três tentativas de homicídio. O processo ainda não voltou param a 1ª Vara do Tribunal do Júri.