Undokai chega a 36ª edição com provas e participantes de todas as idades

O 36º Undokai reúne neste domingo cerca de 2,5 mil pessoas na Associação Esportiva e Cultural Nipo Brasileira, em Campo Grande. São 23 provas diferentes reunindo participantes de todas as idades.

O presidente da Nipo Brasileira, Nilson Aguena, explica o evento já se tornou tradicional. “Undo” significa esportivo em movimento e “kai” quer dizer reunião. “O evento é para reunir toda a família, desde criança a idosos. Tem participantes com mais de 80 anos que participam dos jogos”, diz.

Uma prova que chama a atenção é denominada “copa do mundo” e costuma reunir autoridades presentes no evento. A prova consiste no participante pegar um cone, colocá-lo no rosto, e contar com ajuda de outra pessoa para chutar uma bola até cruzar a linha de chegada. Outros tipos de jogos são de corrida, caça e cabo de guerra.

O Undokai retornou no ano passado depois da pandemia da covid-19 e tem sequência neste ano com atividades durante todo o dia.

Os primeiros colocados recebem pequenas premiações. Participantes acima dos 70 anos ganham brindes, como o que chamam de “saco do velho”, uma sacola composta por alguns itens como bolacha, café, açúcar e papel toalha.

Aos 16 anos, a estudante Maria Júlia Ota participa do evento com uma equipe formada por cinco amigas. Ela conta que foi empolgada para participar do maior número possível de provas durante o domingo. “[Participo] todos os anos, desde que nasci. Já tenho um grupo para disputar as provas”, diz.

O aposentado Silvio Taira, de 74 anos, diz que o momento mais legal do evento é reencontrar os amigos. “Estou encontrando um monte de amigos que há muitos anos não via. Teve a pandemia, muita gente foi para o Japão e agora está voltando. A melhor coisa é rever os amigos de infância. Fazia um tempinho que não estava participando, mas agora os netos e sobrinhos chamaram e eu vim”, conta.

Ele participou da pesca na garrafa, que consiste em colocar um prego dentro da garrafa, para suspendê-la e cruzar a linha de chegada sem derrubar o objeto. Taira levou cinco minutos para terminar a disputa. “Nunca fiz, achei muito difícil, mas gostei”.

O vencedor da prova foi o aposentado Júlio Kenzi Iwonoto, de 67 anos. Ele conta que é experiente na brincadeira, mas credita a vitória a sorte. Sobre o evento, conta que este é o momento de rever amigos, principalmente depois de ter retornado do Japão, há dez anos. “Estou encontrando muita gente, quando jogava na associação via todos os dias, mas agora não jogo mais. Aqui é o momento. Nunca vi tão cheio assim”, conclui.