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No Whatsapp da “Farmácia Livre”, mensagem mostra venda de Gardenal sem receita

Hermenegildo Maciel Neto, farmacêutico, foi preso em ação da Decon e ficou em silêncio durante depoimento

Por Ana Paula Chuva | 22/08/2025 08:35
No Whatsapp da “Farmácia Livre”, mensagem mostra venda de Gardenal sem receita
Homem negociando remédio para convulsão sem receita para a esposa (Foto: Reprodução)

Preso em ação da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), o farmacêutico Hermenegildo Maciel Neto transportava diversos medicamentos para entrega no porta-malas de seu carro e comercializava os produtos via WhatsApp. O homem foi preso em flagrante e optou por ficar em silêncio durante o depoimento.

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Um farmacêutico foi preso em flagrante em Campo Grande após comercializar medicamentos controlados sem receita via WhatsApp. Hermenegildo Maciel Neto transportava diversos medicamentos no porta-malas de seu carro e mantinha um grupo chamado "Farmácia Livre" para as negociações ilegais. A prisão ocorreu durante a Operação Galeno, que investigou 11 estabelecimentos comerciais. Nas farmácias do suspeito, foram encontrados medicamentos armazenados inadequadamente e alimentos vencidos. O Ministério Público recomendou a substituição da prisão por medidas cautelares, incluindo fiança de 10 salários mínimos.

Durante as investigações, a polícia constatou que as medicações – inclusive algumas que precisam de retenção de receita – eram comercializadas em um grupo no WhatsApp chamado de “Farmácia Livre”.

Uma das conversas mostra um homem negociando Gardenal para a esposa sem receita. O medicamento serve para controlar convulsões. Em outro diálogo, um dos integrantes do grupo envia o contato da Morena Farma, que pertence a Hermenegildo, e diz que eles “dariam um jeito” para a pessoa que precisava de medicação.

Equipes policiais cumpriram mandados de busca nas duas farmácias que pertencem ao homem, uma na Vila Cidade Morena e outra na Vila Carlota. Também foi vistoriada a residência de Hermenegildo, no Bairro Jardim Monumento, onde foi encontrado um veículo HB20 com diversos medicamentos no porta-malas.

No Whatsapp da “Farmácia Livre”, mensagem mostra venda de Gardenal sem receita
Negociação acontecia livremente nas conversas (Foto: Reprodução)

Entre os remédios que estavam no carro, os policiais encontraram caixas de soro fisiológico, antiácidos, antibióticos, xaropes, medicamentos para enjoos e doenças de articulação, anticoncepcionais, anti-hipertensivos, antialérgicos, medicamentos oftalmológicos e antianêmicos, todos armazenados de forma inadequada.

O farmacêutico deve passar por audiência de custódia ainda nesta sexta-feira (22), mas o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) recomendou que a prisão seja substituída por medidas cautelares como o comparecimento mensal em juízo e o pagamento de fiança de no mínimo 10 salários mínimos.

Já o advogado de Hermenegildo pediu que a liberdade do farmacêutico seja concedida, considerando que ele é réu primário e tem bons antecedentes criminais, além de alegar ausência de motivos para mantê-lo preso, pois o homem não oferece risco à ordem pública ou à aplicação da pena. Ainda não houve decisão da Justiça.

Operação Galeno - As equipes da Decon fizeram buscas em 11 estabelecimentos comerciais em diferentes bairros da Capital. Além das farmácias, também foram alvos distribuidoras, casas e até a AACC (Associação dos Amigos da Criança com Câncer). A ação é resultado de uma investigação que durou aproximadamente um ano.

No grupo de WhatsApp, os envolvidos também negociavam emagrecedores e anabolizantes de forma ilegal. A polícia agora investiga a possível participação de médicos no esquema.

Conforme a Polícia Civil, na farmácia de Hermenegildo também foram encontrados alimentos vencidos. Uma ordem judicial determinou a interdição do estabelecimento, lacrado pelo Procon. O CRF (Conselho Regional de Farmácia) acompanhou as diligências.

Em nota, a AACC afirmou que a ação não tem relação com a instituição. "Confirmamos que um colaborador da instituição foi alvo da operação. O mandado de busca e apreensão foi cumprido em sua residência e, de forma acessória, também na sede da AACC/MS. Esclarecemos que a investigação em questão não guarda qualquer relação com a instituição ou suas atividades, tratando-se de assunto de caráter estritamente pessoal do referido colaborador", diz o documento.

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