Vidraceiro acumula R$ 100 mil em denúncias de golpes pela cidade
Antônio envolveu o pai e os dois já respondem por crime de estelionato
Antônio Gonçalves Batista do Nascimento, de 30 anos, acumula vários processos na Justiça por sumir e deixar clientes sem instalação de vidros temperados, que, somados, chegam a R$ 100 mil. Todos os registros de estelionato foram em Campo Grande e, dos dez listados no sistema judicial, três envolvem o pai dele.
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Antônio Gonçalves Batista do Nascimento, de 30 anos, é alvo de múltiplos processos por estelionato em Campo Grande, totalizando cerca de R$ 100 mil em débitos relacionados à instalação de vidros temperados. Recentemente, uma bancária denunciou que pagou R$ 11,6 mil por um serviço que não foi entregue, levando outras vítimas a se manifestarem sobre golpes semelhantes. Antônio, que ostenta bens de luxo, tem seu pai, Irineu Batista do Nascimento, envolvido em algumas fraudes. Ele também moveu uma ação contra uma mulher que o acusou de golpe, buscando R$ 12 mil por danos morais. A loja de Antônio, 067 Glass, teve seu perfil desativado nas redes sociais após as denúncias.
Na semana passada, o Campo Grande News registrou a denúncia feita na polícia, por uma bancária de 42 anos. Ela relatou as inúmeras desculpas dadas por Antônio para não entregar o material pago por ela, em que o serviço estava no valor de R$ 11,6 mil.
Após a publicação, outra pessoa procurou a reportagem e destacou que ele tem o mesmo modus operandi e já fez várias vítimas pela cidade. Ela e o esposo tomaram um golpe de R$ 35 mil.
"O que posso compartilhar é que a mãe e o pai dele tentam acobertar a situação, mas naturalizam tudo que o Antônio faz, que ele é golpista. Ele ostenta carro, viagens e joias. Um vizinho, também vidraceiro, nos contou que são vários golpes aplicados, de pequenos a grandes", relatou à reportagem.
Do que foi apurado, Antônio tem processos que vão de R$ 1 mil a R$ 26 mil, sem contar esse relato anterior, onde a vítima não prosseguiu com a denúncia.
Contragolpe - Entre os processos disponíveis no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) contra Antônio, em um ele se coloca como vítima e pediu R$ 12 mil contra uma mulher que expôs o perfil da loja dele nas redes sociais como um "alerta de golpe".
No caso dela, o serviço não entregue foi de R$ 7,5 mil e, mesmo assim, a ação movida por ele, de danos morais, ainda tramita. O perfil da loja 067 Glass foi desativado das redes sociais após a primeira matéria do Campo Grande News.
Participação do pai - Em alguns golpes aplicados, Antônio ofereceu o serviço na companhia do pai e, também, assinou contratos com o CNPJ de Irineu. A denúncia contra os dois está na 6º Vara Criminal de Campo Grande e foi assinada pela promotora de Justiça Cristiane Amaral Cavalcante.
Quando a reportagem entrou em contato com Antônio, a justificativa era que tudo não passava de um mal entendido e que o nome dele não podia ser divulgado para não causar problemas de saúde ao seu pai, que seria cardiopata. A ligação foi gravada, mas o espaço para novos esclarecimentos está aberto.
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