Contraproposta de reajuste de PM e Bombeiros será entregue já amanhã
Após rejeitar a proposta do Governo do Estado, os policiais e bombeiros militares que se reuniram nesta tarde para debater o reajuste da categoria definiram os valores da contraproposta que será enviada nesta quinta-feira (5). Eles querem estender o reajuste de R$ 400 para, além de soldados e cabos, também para sargentos e subtenentes, incorporando todo o valor já no salário-base.
Cerca de 250 militares das duas corporações discutiram a situação no teatro Glauce Rocha, na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Além dos R$ 400 totalmente incorporados ao subsídio - o Governo queria oferecer R$ 200 em forma de abono -, eles pedem correção de 1% no quinquênio.
A proposta de verticalização do Governo, fixando até 2018 o salário inicial de soldados em 20% ao de coronel, foi aprovado pelos militares. A reunião durou cerca de três horas, com várias propostas sendo levantadas pelos participantes.
Ao final dos debates, alguns mais acalorados, o consenso foi definido pela ACS (Associação de Cabos e Soldados) e referendado pelo presidente da AOFMS (Associação dos Oficiais Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul), coronel Alírio Villasanti.
"Queremos valores no mínimo referentes a reposição inflacionária, tanto para oficiais quanto cabos, soldados e sargentos. Sou otimista e penso que o Governo vai melhorar essa proposta. Queremos a valorização do profissional, pois a PM é a única instituição presente em todos os momentos em todos os 79 municípios do Estado", explica Villasanti.
Entre os presentes, estavam policiais de todo o Estado. Um deles é o cabo Gislomar Elias da Silva, que veio de Três Lagoas - cidade localizada a 338 km de Campo Grande - com outros 16 policiais militares. "Não aceitamos essa primeira proposta do Governo e queremos algo melhor. Por isso viemos aqui para discutir isso", conta.