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Interior

Ação contra empresário suspeito de venda ilegal de fuzis apreende 33 armas

Foram apreendidos 28 fuzis, duas pistolas, uma submetralhadora e duas espingardas da Federal Armas

Helio de Freitas, de Dourados | 25/07/2023 13:55
Fuzis calibre 5,56, pistolas e carregadores apreendidos em loja de Dourados (Foto: Divulgação)
Fuzis calibre 5,56, pistolas e carregadores apreendidos em loja de Dourados (Foto: Divulgação)

A operação desencadeada hoje (25), para cumprir oito mandados de busca e apreensão na empresa Federal Armas e em endereços ligados ao empresário de Dourados Claudinei Tolentino Marques, apreendeu 28 fuzis calibre 5,56, duas pistolas 9mm, uma submetralhadora 9mm, uma espingarda calibre 357, uma espingarda calibre 12 e diversos carregadores.

Os mandados foram cumpridos na sede da empresa, na Avenida Hayel Bon Faker, na região sul de Dourados e em outros imóveis pertencentes ao empresário, entre eles uma mansão no condomínio de luxo Porto Madero e um apartamento no residencial Maison Blanche, no centro. Um mandado foi cumprido no município de Ivinhema.

A operação é coordenada pelo Dracco (Departamento de Repressão a Corrupção e ao Crime Organizado), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, e teve apoio de policiais civis de Campo Grande e de Ivinhema, de equipe da Polícia Federal e da Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda). Militares do Exército também estiveram na sede da empresa. Ninguém foi preso.

De acordo com o Dracco, armas importadas legalmente pela empresa estariam sendo comercializadas sem seguir os preceitos da lei e foram parar até nas mãos de um traficante de drogas condenado a 24 anos de reclusão e foragido da Justiça. Ele foi preso no início de junho deste ano em Balneário Camboriú (SC) com armas vendidas pela loja de Dourados.

Ainda segundo o grupo de elite da Polícia Civil, as investigações revelaram suposta prática criminosa envolvendo a Federal Armas. A loja teria mantido a comercialização das armas de calibre restrito mesmo após a proibição da venda de fuzil, adotada em setembro de 2022.

Fuzis vendidos nesse período teriam sido negociados por valores extremamente baixos, indicando sonegação fiscal. “A situação se torna ainda mais sensível por se tratar de região de fronteira, que conta com a forte influência de facções criminosas nacionais e internacionais”, afirma o Dracco. O empresário ainda não se manifestou sobre a operação.

Militares do Exército quando chegavam à empresa Federal Armas, em Dourados (Foto: Adilson Domingos)
Militares do Exército quando chegavam à empresa Federal Armas, em Dourados (Foto: Adilson Domingos)


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