Acusado de assassinato volta para a cadeia ao tentar matar esposa
Claudinei Ferreira Neto tentou matar a companheira ao desconfiar de que era traído
Homem investigado por um assassinato em 2023 foi preso novamente na noite de quinta-feira (21), em Naviraí, a 359 quilômetros de Campo Grande, após esfaquear a própria esposa, Grazieli Medina Ferreira, 36 anos. Claudinei Ferreira Neto, 41 anos, conhecido como “Poquinha”, é companheiro de Grazieli e, junto com ela, responde pela morte de Alexandre Toshio Nakahara, 44 anos, ocorrida em 4 de novembro de 2023, no mesmo município.
RESUMO
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Em Naviraí (MS), Claudinei Ferreira Neto, conhecido como "Poquinha", foi preso por esfaquear sua esposa, Grazieli Medina Ferreira. O casal já respondia pelo homicídio de Alexandre Toshio Nakahara, ocorrido em 2023. A motivação do ataque a Grazieli seria ciúmes, segundo a vítima. Claudinei teria sido informado pela mãe sobre uma suposta traição. Claudinei e Grazieli foram presos em 2023 pelo assassinato de Alexandre, mas Claudinei teve a prisão revogada em 2025. O juiz considerou novas provas que indicavam legítima defesa e a ausência de premeditação. Com o processo aguardando julgamento, Claudinei estava em liberdade provisória com uso de tornozeleira eletrônica.
De acordo com a Polícia Militar, Grazieli relatou que Claudinei a atacou motivado por ciúmes e, durante a agressão, afirmou que iria matá-la. Ferida, ela conseguiu pedir ajuda e foi socorrida ao hospital. A mãe do autor teria informado ao filho sobre uma suposta traição da vítima, alegando possuir fotos que comprovariam o fato. A faca usada no crime não foi localizada.
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Após buscas, equipes da Força Tática localizaram Claudinei na Rua Lélia, no centro da cidade. Ele foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia.
Homicídio - O casal havia sido preso em 19 de dezembro de 2023, acusado de envolvimento no homicídio de Alexandre Toshio Nakahara, ocorrido em 4 de novembro do mesmo ano, em Naviraí. A prisão preventiva de Claudinei foi decretada sob a justificativa da gravidade do crime e da necessidade de garantir a aplicação da lei penal, já que, segundo as investigações, o casal teria fugido para a zona rural de outra cidade após o crime.
No entanto, em 29 de julho de 2024, o juiz Fernando Moreira Freitas da Silva decidiu revogar a prisão preventiva de Claudinei. Na decisão, o magistrado destacou que, durante a instrução processual, novas provas e depoimentos alteraram o entendimento inicial do caso. Testemunhas relataram que Claudinei teria agido para recuperar pertences que haviam sido furtados e que, no momento do crime, houve uma discussão e luta corporal, na qual ele efetuou o disparo que atingiu Alexandre.
Outro ponto levado em consideração pelo juiz foi o fato de que, após o disparo, Claudinei deixou Alexandre em frente a um hospital e pediu socorro para a vítima, o que, na visão do magistrado, enfraquece a tese de que ele teria agido com intenção premeditada de matar. Além disso, o deslocamento para uma propriedade rural de sua posse não foi considerado suficiente para caracterizar fuga do distrito da culpa.
Com a instrução processual encerrada e o processo aguardando apenas a definição da data para o julgamento pelo Tribunal do Júri, o juiz concedeu liberdade provisória a Claudinei, com uso de tornozeleira eletrônica, conforme previsto no artigo 319 do CPP (Código de Processo Penal).
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