Armas apreendidas em operação internacional vão equipar forças policiais
Operação Dakovo desmantelou esquema de fornecimento de armas do Paraguai a facções brasileiras
Armas automáticas apreendidas no âmbito da Operação Dakovo vão equipar forças policiais do Paraguai. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27) pelo ministro do Interior do país vizinho, Enrique Riera. Segundo ele, pelo menos duas mil armas avaliadas em 5 milhões de dólares serão entregues sexta-feira (29) ao Ministério Público, para serem repassadas às polícias.
A operação foi desencadeada no dia 5 deste mês pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai e Polícia Federal brasileira para cumprir mandados de busca e de prisão no Paraguai, Brasil e até nos Estados Unidos.
Comandada pelo empresário argentino Diego Dirisio e pela mulher dele, a ex-modelo Julieta Nardi, a organização importava legalmente armas de países do leste europeu através da empresa paraguaia IAS ((Internacional Auto Suply).
Com apoio de militares paraguaios, a quadrilha desviava as armas para facções criminosas brasileiras, principalmente Comando Vermelho e PCC (Primeiro Comando da Capital). Segundo as investigações, pelo menos 43 mil armas, principalmente fuzis e pistolas, foram enviadas nos últimos anos pela IAS a criminosos brasileiros.
“Com as armas que pretendiam nos causar danos, vamos enfrentá-los. Vamos economizar o dinheiro do povo e tornar nossa polícia mais bem armada”, afirmou o ministro.
Comando Vermelho e PCC têm forte atuação na linha internacional entre o Paraguai e Mato Grosso do Sul, onde controlam as lavouras de maconha e remessas de drogas e armas ao Brasil.
Treze cidadãos paraguaios presos durante a operação estão com pedido de extradição para serem processados e julgados no Brasil. O pedido foi feito pela 2ª vara Federal da Bahia, onde as investigações começaram. Na lista está o coronel do Exército paraguaio Bienvenido Santiago Fretes Gonzales, 52. Cidade de 28 mil habitantes, Dakovo fica na Croácia e é sede de uma das fábricas das armas importadas pela IAS.
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