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Interior

Aula começa mais tarde pelo segundo dia após prefeitura descartar reajuste

Sindicato tenta derrubar liminar do Tribunal de Justiça que obriga dois terços dos professores em sala de aula durante a greve

Helio de Freitas, de Dourados | 23/08/2017 09:10
Alunos chegam mais tarde para aulas do período matutino em escola municipal de Dourados (Foto: Direto das Ruas)
Alunos chegam mais tarde para aulas do período matutino em escola municipal de Dourados (Foto: Direto das Ruas)

Pelo segundo dia consecutivo, estudantes de escolas municipais de Dourados, a 233 km de Campo Grande, chegam mais tarde para as aulas nesta quarta-feira (23). No período matutino as aulas começaram por volta de 8h30 e à tarde os alunos entram nas aulas às 14h30.

A redução no tempo de aula foi a forma encontrada pelo Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) para cumprir a liminar do desembargador Carlos Eduardo Contar, do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Em liminar pedida pela prefeitura, ele determinou que dois terços dos professores continuassem dando aula durante a greve, caso contrário o sindicato poderia ser multado em R$ 50 mil por dia de descumprimento da determinação.

A presidente do Simted, Gleice Jane Barbosa, disse ao Campo Grande News que a medida continuará sendo adotada até a entidade conseguir derrubar a liminar do TJ e retomar a greve total.

Representantes dos grevistas passaram a tarde ontem reunidos com a prefeita Délia Razuk (PR), mas não houve acordo. A prefeitura reafirmou que não haverá reajuste neste ano. O piso nacional dos educadores não foi corrigido e os administrativos estão sem reposição salarial há três anos.

“Na reunião o governo disse que não tem condições de pagar o reajuste. A prefeita disse que vai fazer uma auditoria na folha da educação, mas já estão prometendo fazer isso desde abril e até agora só conseguiram retirar direitos”, afirmou Gleice Barbosa. O Simted questiona os gastos com cargos de confiança e o aumento concedido a servidores contratados de alto escalão.

Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a prefeita Délia Razuk disse que o município hoje não tem condições de atender as reivindicações da categoria em relação a reajuste salarial. Na reunião de ontem, segundo ela, foram apresentados os números da real situação financeira, “mostrando a impossibilidade de qualquer alteração que implique em aumento de despesa”.

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