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Interior

Brasileiro é suspeito da mandar matar único médico de povoado na fronteira

Nesta manhã, policiais paraguaios foram até a casa de Arnaldo Marques, mas ele já tinha fugido

Helio de Freitas, de Dourados | 01/09/2023 10:25
Policiais paraguaios na casa de brasileiro, suspeito de mandar matar médico paraguaio (Foto: Última Hora)
Policiais paraguaios na casa de brasileiro, suspeito de mandar matar médico paraguaio (Foto: Última Hora)

Cidadão brasileiro que mora no Paraguai é o principal suspeito de ter mandado executar o médico Antonio Ortiz, 45, vítima de dois pistoleiros, na manhã de ontem (31), na Colônia Andrés Barbero, no departamento de San Pedro, a cerca de 130 km do território sul-mato-grossense.

Dono de propriedade rural perto do local do crime, Arnaldo Marques, 48, está foragido. Nesta sexta-feira (1º), força-tarefa da Polícia Nacional e do Ministério Público foi até a casa dele, mas Arnaldo já tinha desaparecido.

Conforme investigadores da polícia paraguaia, Arnaldo estaria ameaçando o médico de morte há meses, supostamente por ciúmes da esposa.

A última ameaça teria sido feita um dia antes do assassinato, através de ligação e mensagem enviada do celular do brasileiro. Ele é apontado como o autor intelectual do assassinato, praticado por dois pistoleiros ainda não identificados.

Pistoleiros que executaram médico, ontem, no Paraguai (Foto: Reprodução)
Pistoleiros que executaram médico, ontem, no Paraguai (Foto: Reprodução)

Único médico do centro de saúde do povoado, Antonio Ortiz foi morto com pelo menos cinco tiros quando chegava à unidade para atender pacientes. Os dois pistoleiros de moto vigiavam o local e atiraram assim que o médico desceu do carro. A moto usada no crime foi encontrada queimada a poucos quilômetros do centro de saúde.

A mulher de Arnaldo, identificada como Mirta Beatriz Quiñónez, recebeu os investigadores e disse que o homem tinha saído de madrugada para a cidade de Santa Rosa del Aguaray e que vai se apresentar com advogado. Ela defendeu o marido e disse que são “absurdas” as suspeitas de que ele seria o mandante do crime.

Entretanto, o promotor de Justiça Juan Daniel Benítez afirmou não existir dúvida de que Arnaldo foi o autor das ameaças de morte contra o médico. Além de usar o próprio celular, a voz dele também foi identificada nas mensagens. Telefones foram apreendidos durante as buscas na casa de Arnaldo, que teve a prisão decretada.

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