Câmera flagrou carro usado para resgatar traficante de hospital
Bandidos usando roupa de enfermeiro chegaram em Fiesta prata e levaram Nelson de Oliveira Leite Falcão após render policial
Câmera de segurança instalada na Rua Toshinobu Katayama gravou o Fiesta sedam prata usado no resgate do traficante Nelson de Oliveira Leite Falcão, 53, ocorrido nesta tarde no Hospital da Vida, em Dourados, a 233 km de Campo Grande.
As imagens, que já estão em poder da polícia, mostram o carro se aproximando do hospital, localizado na área central de Dourados.
Dois bandidos usando roupa de enfermeiro desceram do carro e entraram no hospital. Dentro da unidade, eles renderam o único policial militar que fazia a escolta, tomaram a arma dele e levaram o traficante.
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde e a Funsaud (Fundação Municipal de Saúde), que administra o hospital, lamentaram o ocorrido. A prefeitura informou que já determinou a apuração administrativa dos fatos, para verificar se houve qualquer tipo de falha.
A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) ainda não se manifestou. A informação ainda não oficial é de que Falcão passou mal na PED (Penitenciária Estadual de Dourados) e foi levado para o hospital, de onde foi resgatado.
Ficha criminal - Preso no dia 22 de março deste ano em ação conjunta da PRF (Polícia Rodoviário Federal) e da Polícia Federal na BR-262, entre Campo Grande e Água Clara, Nelson Falcão era o dono do carregamento de 889 quilos de cocaína que era levado para São Paulo no tanque de um caminhão.
A carga foi avaliada em quase R$ 30 milhões. Natural de Aquidauana, Nelson confessou que tinha montado uma empresa de fachada e que o objetivo era traficar cocaína.
Entretanto, a atuação dele no tráfico é antiga. Em novembro de 2006, agentes da Polícia Federal em Corumbá apreenderam 40 quilos de cocaína pura produzida na Bolívia. A droga estava em uma caminhonete Toyota, conduzida por Dener Zenteno de Oliveira Falcão, filho de Nelson Falcão.
O rapaz, então com 21 anos disse que fazia o transporte da droga a pedido do pai, Nelson de Oliveira Leite Falcão, na época recolhido no presídio de Andradina, em São Paulo, de onde tinha negociado a compra do entorpecente por telefone.
