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Interior

Caminhões amargam prejuízo de até R$ 15,9 milhões na fronteira

Bolivianos bloqueiam fronteira há quatro dias para que o governo antecipe o Censo Demográfico

Izabela Cavalcanti | 25/10/2022 11:46
Caminhões no acostamento, aguardando liberação da fronteira (Foto: De Paula News)
Caminhões no acostamento, aguardando liberação da fronteira (Foto: De Paula News)

Cerca de 600 caminhões estão parados na fronteira de Corumbá com Puerto Quijarro, na Bolívia, há quatro dias. Com isso, segundo o presidente do Setlog Pantanal (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística), Lourival Vieira Costa Júnior, o prejuízo estimado por caminhão é, em média, de US$ 5 mil dólares, que convertendo para reais fica R$ 15,9 milhões por veículo.

“Se cada caminhão parado é um processo de exportação, eu estou deixando de entregar e pegar essa carga. Em média é de 5 mil dólares em toda cadeia logística, desde a produção até chegar no cliente”, explica Vieira. Do montante parado, 200 estão do lado de Corumbá e o restante em Puerto Quijarro.

Os veículos transportam vários tipos de produtos, como por exemplo, fertilizantes, ferro, cerâmica, entre outros.

Entenda – Bolivianos estão bloqueando a fronteira desde o último sábado (22). O ato é para que o governo de Luiz Arce antecipe o Censo Demográfico até junho de 2023, e não em 2024.

Com o Censo sendo realizado o quanto antes, será disponibilizado novos dados populacionais, impactando no repasse de verba pública para investimentos e políticas sociais.

Esse é o terceiro "Paro Cívico" em protesto ao Censo. O primeiro foi em 25 de julho e o segundo no dia 8 de agosto.

Conforme informações do Diário Corumbaense, o chefe da Alfândega da Receita Federal, Erivelton Moyses Torrico Alencar, disse que 85% das exportações do Centro-Oeste brasileiro saem por Corumbá e esse fechamento impede o fluxo de mercadorias.

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