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Interior

Campeã em homicídios, fronteira também lidera em mortes no trânsito

Coronel Sapucaia tem índice de vítimas fatais em acidentes de trânsito de 46,93 mortes para cada 100 mil habitantes, quase três vezes a média nacional de 17,33 óbitos

Helio de Freitas, de Dourados | 25/09/2018 15:57
Acidente com morte na rodovia entre Coronel Sapucaia e Amambai, em agosto do ano passado (Foto: Arquivo)
Acidente com morte na rodovia entre Coronel Sapucaia e Amambai, em agosto do ano passado (Foto: Arquivo)

Dados divulgados hoje (25), no dia dedicado ao trânsito, mostram que as regiões fronteiriças, além de liderarem em homicídios – influenciados pelo tráfico de drogas e de contrabando – têm números alarmantes também de acidentes automobilísticos.

Coronel Sapucaia (MS), a 400 km de Campo Grande, registrou índice de vítimas fatais em acidentes de trânsito de 46,93 mortes para cada 100 mil habitantes, segundo o Idesf (Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras). O indicador é quase três vezes a média nacional de 17,33 óbitos registrada em 2016 – dado oficial mais recente.

Os dados sobre mortes no trânsito, que se repetem em outras cidades de fronteira, fazem parte do Diagnóstico do Desenvolvimento de 32 cidades gêmeas do Brasil, uma radiografia das áreas limítrofes com os países vizinhos feita pelo Idesf.

Porto Murtinho (MS), com índice de 29,97, aparece em terceiro lugar, atrás de Guaíra (PR), na divisa com Mato Grosso do Sul, segunda cidade gêmea do país no ranking de óbitos no trânsito, com 33,55 mortes para cada 100 mil habitantes.

Para o presidente do Idesf, Luciano Stremel Barros, os dados levantados pelo estudo nas diferentes áreas demonstram a falta de perspectiva econômica das regiões de fronteira, fator que leva muitos jovens a ingressarem em atividades ilícitas.

“Os altos índices de violência, inclusive no trânsito, refletem a incidência de acidentes gerados em situações de contrabando”, afirma.

O levantamento sobre as fronteiras foi enviado pelo Idesf para todos os candidatos à presidência da República. “Esperamos que o trabalho sirva de base para o poder público planejar e executar políticas de desenvolvimento para as regiões de fronteira”, afirmou o dirigente.

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