Com covid, boliviano preso por liderar rede de corrupção permanece em MS

O boliviano Antônio Parada Vaca, preso em Corumbá pela acusação de liderar rede de corrupção que desviou milhões da prefeitura de Santa Cruz de La Sierra, permanece no presídio da cidade após contrair covid.

Vaca foi preso no dia 25 de janeiro, na PF (Polícia Federal) em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande. A detenção aconteceu quando ele foi à polícia buscar documentos relacionados ao pedido de refúgio, solicitado em dezembro de 2021.

Inicialmente, a intenção das autoridades policiais era fazer a extradição com celeridade.

Segundo jornal El Deber, exame realizado no dia 31 de janeiro atestou positivo para covid-19. O boliviano foi retirado do convívio dos presos e isolado. Ele apresenta sintomas leves e conforme informações da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) publicadas pelo El Deber, recebendo tratamento.

Investigação - Conforme o Diário Corumbaense, Antônio é ex-diretor de Recursos Humanos do Gabinete do Prefeito de Santa Cruz e o principal investigado no caso de contratação de 800 funcionários fantasmas, além de compras ilícitas, gerando prejuízos que ultrapassam 4,8 milhões de pesos bolivianos por mês.

Durante as investigações, ele e o irmão Guillermo Parada Vaca fugiram da Bolívia antes de serem convocados pelo Ministério Público. Na época em que pediu refúgio ao Brasil, estava acompanhado do irmão, que também fez o pedido, mas acabou indo para o Panamá, onde foi preso no final de dezembro de 2021. Antônio permaneceu em Corumbá.