Com criação de conselho, prefeitura se antecipa à crise e contém gastos
Com reflexos da situação econômica que afeta o país e com prefeituras dos municípios de Mato Grosso do Sul fechando as portas em forma de protesto para cobrar mais verbas do governo federal, a prefeitura de Corumbá, distante 419 km de Campo Grande, está conseguindo um equilíbrio financeiro, permitindo pagar em dia os salários dos servidores e continuar executando obras importantes, como pavimentação asfáltica.
Segundo o prefeito Paulo Duarte (PT), que participou da reunião promovida pela Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande, ele defende a mobilização e a união de esforços como caminhos para que a situação enfrentada atualmente por todos os municípios sul-mato-grossenses seja superada. Contudo, ressaltou que não fechou a prefeitura por entender que a medida prejudicaria ainda mais o atendimento à população.
Com a criação do COGEF (Conselho Municipal de Gestão Financeira) no início deste ano, a prefeitura se antecipou e começou a tomar medidas como corte de custeio e mais recentemente, enxugamento da folha de pessoal com redução de número de funcionários contratados por meio de nomeações.
Conforme Duarte, o momento não é bom. "Sentimos que enfrentaríamos dificuldades já no ano passado, criamos o conselho que desde janeiro tem buscado alternativas para superar o período de crise econômica sem paralisar serviços importantes para a população”, explicou.
Grande parte da manutenção do cronograma de obras na cidade e o salário dos servidores estão sendo mantidos com recursos próprios da prefeitura. “Só não estamos em colapso porque, diante da queda nas arrecadações, racionalizamos ainda mais para manter serviços e obras importantes, bem como o salário dos servidores em dia”, reforçou o prefeito.
Contenção de gastos – Novas medidas estão sendo adotadas pelo COGEF, e entre elas, está o corte de diárias de viagens, aprovadas em extrema necessária; reavaliação de contratos de serviços, entre outros. “Nenhum pagamento é feito sem minha autorização”, citou Duarte, reforçando que, além da queda da arrecadação, os repasses dos governos federal e estadual também estão afetando a continuidade de serviços.